Madeira

“Neste momento queremos pecar por excesso”

Paula Cabaço justifica “protocolos extremamente exigentes”

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A presidente da APRAM, Paula Cabaço, reconhece que são “protocolos extremamente exigentes” referindo-se às medidas de segurança sanitária implementados no Porto do Funchal, sendo que uma das consequências do mesmo foi a impossibilidade dos passageiros do navio de cruzeiro que esta manhã atracou no ‘Molhe da Pontinha’ não terem sido autorizados a ir a terra, uma vez que isso obrigava a ter resultado negativo no teste PCR feito à chegada, e o tempo de escala do navio inviabilizada a oportunidade de entretanto poderem desembarcar.

“Neste momento queremos pecar por excesso, porque achamos que deve ser assim. Não significa que mais para a frente possa haver ajustamentos aos protocolos em função da evolução pandémica”, admitiu.

Paula Cabaço garante que as medidas impostas pela Autoridade Regional de Saúde mereceram a compreensão da companhia, que ainda assim chegou a propor, nesta escala, excursão ‘em bolha’ num circuito panorâmico, pretensão que não foi autorizada pelas razões apontadas.

Esta retoma dos cruzeiros no Funchal acaba assim por ser ‘mais fogo-de-vista’, uma vez que os passageiros em trânsito viram obrigados a ficar retidos no navio, depois de cinco dias de mar, e mais ainda agora que seguem viagem transatlântica com destino aos Barbados.

Paula Cabaço minimiza o fraco impacto desta operação. “Do ponto de vista económico o impacto é naturalmente muito pequeno, mas é um primeiro passo de muitos que nós gostaríamos de dar no futuro”, aponta.

Ficou a garantia que no futuro, próximos navios de cruzeiro que venham a aportar no Funchal, os passageiros com teste PCR negativo feito até 72 horas antes poderão ‘livremente’ desembarcar na Madeira. Já aqueles que tenham a Madeira como destino final serão sujeitos a teste PCR ao desembarcar e isolamento até ser conhecido o resultado do mesmo.

No caso do navio de cruzeiro que hoje aportou no Funchal, a exigência do teste PCR com resultado negativo feito na origem “não teve um efeito prático no sentido de autorizar a vinda a terra dos 27 passageiros em trânsito”, confirmou.

Apesar dos constrangimentos, Paula Cabaço diz que foi com “grande alegria” e “muita satisfação” ver entrar o primeiro navio depois de sete meses com o Porto do Funchal ‘fechado’ aos navios de cruzeiro, pese embora a abertura estar muito condicionada.

Ocasião “extremamente importante este momento, apesar da dimensão da operação ser reduzida” por entender que este é “o primeiro nosso sinal de abertura à atracação de navios de cruzeiro”, ou seja, “sinal da aposta que a Região tem nesta indústria e uma demonstração da nossa vontade em receber navios de cruzeiro”.

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Orlando Drumond , 24 Outubro 2020 - 09:08

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