Mais 571 mortos e 30.026 infectados em 24 horas no Brasil
O Brasil contabilizou 571 mortos e 30.026 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 156.471 óbitos e 5.353.656 infetados desde a chegada da pandemia ao país, informou hoje o executivo.
De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, encontra-se ainda a ser investigada a eventual relação de 2.374 mortes com a doença causada pelo novo coronavírus.
Em relação ao número de recuperados, 4.797.872 pessoas diagnosticadas já se curaram da doença no Brasil, país com cerca de 212 milhões de habitantes. O número de pacientes infetados que se encontra sob acompanhamento médico ascende a 399.313.
São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, mas também o foco da pandemia no Brasil, concentra 1.083.641 casos de infeção, sendo seguido pela Bahia (342.526), Minas Gerais (345.188) e Rio de Janeiro (296.797).
Já a lista de unidades federativas com mais mortes é liderada por São Paulo (38.608), Rio de Janeiro (20.115), Ceará (9.244) e Minas Gerais (8.686), respetivamente.
Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 566 vítimas mortais e 29.968 infetados entre terça e quarta-feira, totalizando 5.355.650 casos e 156.528 vítimas mortais.
Vários partidos da oposição brasileira entraram hoje com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o Governo, presidido por Jair Bolsonaro, apresente, em até 30 dias, os seus planos sobre vacinas e medicamentos contra o novo coronavírus.
O documento, assinado pelo Partido dos trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Cidadania, também pede para que o executivo, com "segurança científica", seja "obrigado a fazer todos os procedimentos administrativos indispensáveis para (...) providenciar a aquisição das vacinas e medicamentos que sejam admitidos e aprovados pela Agência de Vigilância Sanitária".
A ação movida pela oposição surge após Jair Bolsonaro ter desautorizado o seu ministro da Saúde, através das redes sociais, ao vetar a compra da vacina "Coronavac", desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com Instituto Butantan, de São Paulo, argumentando que o imunizante ainda nem sequer havia superado a fase de testes clínicos.
A recusa do chefe de Estado brasileiro contrasta com um outro acordo - firmado pelo seu governo com a Universidade de Oxford e com o laboratório AstraZeneca - para a compra de 100 milhões de doses da vacina, que ambas as instituições desenvolvem e que se encontra na mesma fase de estudos que o imunizante da Sinovac.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou hoje que a tutela acompanha o desenvolvimento de mais de 200 vacinas em fase de produção em todo o mundo para o combate à covid-19 e que a prioridade está naquelas em fase mais adiantada de testes.
Ainda sobre a vacinação no país sul-americano, o juiz do STF Ricardo Lewandowski decidiu hoje que vai levar diretamente ao plenário três ações que discutem a aplicação compulsória da vacina e outras medidas profiláticas no combate à pandemia de covid-19.
Lewandowski afirmou que o debate em plenário é necessário diante da "importa^ncia da mate´ria e [da] emerge^ncia de sau´de pu´blica decorrente do surto do coronavi´rus", num julgamento que ainda não tem data para ocorrer.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.