Desmantelado grupo envolvido em homicídio de padre lusodescendente na Venezuela
As autoridades anunciaram, esta sexta-feira, que foi desmantelado um grupo criminoso alegadamente envolvido no homicídio, quarta-feira, de um padre luso-venezuelano, no Estado venezuelano de Cojedes (270 quilómetros a sudoeste de Caracas).
O anúncio foi feito através do Twitter pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) do vizinho Estado venezuelano de Barinas, 510 quilómetros a sudoeste de Caracas).
"A GNB Barinas desmantelou um grupo criminoso dedicado ao homicídio, responsável pelo assassinato do sacerdote José Manuel Ferreira", explica a GNB.
Entretanto, a imprensa local dá conta de que o destacamento 331 da GNB em Barinas, capturou dois homens, "alegadamente culpados de ter assassinado o sacerdote".
Os suspeitos, cuja identidade não foi revelada, teriam sido detidos quinta-feira durante uma operação Stop na cidade de Barinas.
Segundo a Diocese de San Carlos, centenas de pessoas acompanharam, quinta-feira, as cerimónias fúnebres do lusodescendente, que foi transferido da morgue para a Igreja de São João Batista, onde era sacerdote.
Com máscaras, os fiéis acompanharam em procissão, o caixão, "entre cantos de louvor, orações e muita nostalgia, para dizer o último adeus físico" ao sacerdote, refere a diocese numa nota publicada no Facebook, que acompanha com várias fotos.
Desconhecidos assassinaram a tiro, quarta-feira, o sacerdote, de cerca de 40 anos de idade, "nas proximidades da Igreja São João Baptista, em São Carlos", no Estado de Cojedes (270 quilómetros a sudoeste de Caracas), "depois de opor resistência" a um assalto.
Segundo a rádio local Class 98.7 FM Notícias, a vítima tinha participado "numa reunião com vários idosos" daquela localidade, na noite de terça-feira, e "ao sair da casa paroquial, foi intercetado pelos criminosos".
Na Venezuela, são frequentes as queixas sobre a insegurança no país, situação que afeta tanto cidadãos nacionais como estrangeiros.
Segundo a imprensa e as redes sociais, várias igrejas têm sido roubadas desde que em março último a Venezuela entrou em quarentena preventiva da covid-19, algumas delas por terem ficado mais expostas devido à ausência de fiéis e sacerdotes nas suas instalações.