Madeira

Maioria dos viajantes actuais decide ‘em cima da hora’

Eduardo Jesus revela que 57 % decide viajar até uma semana de antecedência

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O secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, recusa arriscar uma expectativa concreta sobre a (im)previsível adesão do turismo no final do ano na Madeira.

“Penso que ninguém hoje tem expectativas, nem pode ter. Seria uma irresponsabilidade muito grande, da nossa parte, apontar vamos ter x ou y por cento” respondeu quando desafiado a adiantar a expectativa para a Passagem-do-Ano.

O governante não arrisca com a justificação que “hoje a grande maioria das viagens são decididas a uma semana do dia da viagem”. Afirmação baseada nos indicadores do sector, e que segundo Eduardo Jesus, três quartos dos viajantes decidem até duas semanas de antecedência.

“As pessoas que decidem com duas semanas de antecedência, estamos a falar em 74 %” mas não menos revelante é que “57 % decide numa semana de antecedência”, disse.

Acrescentou ainda que nas “viagens programadas com mais de 90 dias [de antecedência], apenas 7 % das pessoas que viajam é que admitem ainda programar com esta antecedência”.

Indicadores que revelam uma mudança radical já que “este hábito [de reservar em cima da hora] começa a ser frequente”. Tal fica a dever-se à “incerteza” por causa da pandemia da Covid-19.

Incerteza que “põe em causa imensa coisa” a começar pelo modelo da comercialização e da distribuição do Turismo, que está muito assente na tour operação. “Tudo isso está posto em causa hoje em dia”, admite.

Tudo razões para não avançar com números, até porque, a Madeira está muito dependente da evolução epidemiológica nos países emissores.

“As coisas mudaram tão rapidamente e tão profundamente que é impensável apontar uma perspectiva”, justificou.

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