“Investimento do Governo Regional na Cultura é para continuar”
Eduardo Jesus diz que “o dinheiro que se aloca à Cultura não é uma despesa”
Com a confiança que “nada vai parar”, o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, confirmou hoje que o Festival de Coros de Natal irá realizar-se. “É possível fazer-se” embora “necessariamente de forma diferente”, disse, na sede do Orfeão Madeirenses, onde assinou o último dos sete protocolos de desenvolvimento e cooperação cultural.
Oportunidade para agradecer ao Orfeão “o grande contributo que presta à RAM”, ao elogiar a “forma qualificada” das suas actuações que têm “deliciado” quem assiste. Sublinhou por isso “o reconhecimento e apreço pelo empenho dos envolvidos” e reforçou que os protocolos assinados com as sete entidades simbolizam “a relação do Governo Regional (GR) com os agentes culturais” naquilo que classifica de “investimento”. Eduardo Jesus deixou claro que o dinheiro “que se aloca à Cultura não é uma despesa. É um investimento”. Que no caso do Orfeão é plenamente justificado pelo “extraordinário” contributo que tem dado à cultura e por isso “merece este investimento”, referindo-se aos 10 mil euros atribuídos.
O secretário com a tutela da Cultura vincou ainda o agrado que seja editado o segundo livro sobre a história do centenário Orfeão, sobretudo pela importância que o mesmo encerra, por reconhecer que “o conhecimento se não for perpetuado desta (livro) ou de outras formas, acaba por morrer com as pessoas”.
Enalteceu também a “capacidade de reinventar” que os agentes culturais têm vindo a revelar e em particular o “inconformismo saudável” do Orfeão Madeirense, mais ainda pela “respeitosa idade” que ostenta.
Antes, Paulo Ferreira, presidente da direcção do Orfeão, não só agradeceu o apoio que o GR tem dado desde “há muito”, reconheceu, mas não deixou de lançar a ‘farpa’ por só agora, no final de Outubro, receber o apoio do Governo, situação que garantiu “não ser normal” e admitiu colocar em dificuldades de tesouraria. Ainda assim reconheceu que “este foi um ano atípico”. Ora nem mais. Eduardo Jesus justificou o atraso com o facto de este ser “um ano completamente atípico” e também por isso “a realidade mudou” e obrigou que “as actividades das colectividades fosse alterada”. Como o protocolo é de “apoio ao funcionamento”, esclareceu que o mesmo só tinha justificação de acontecer após a retoma.
O Orfeão não foi excepção e também parou “algum tempo”, admitiu Paulo Ferreira. Fez saber que desde Maio foram retomados os ensaios e estão agora a preparar a 23ª edição do Festival de Coros de Natal, determinados em “dar contributo nas festas de Natal e Fim-do-Ano”, disse.