Ingleses a aumentar, alemães a diminuir
Milhares de turistas ingleses estão a optar pela Madeira, destaca secretário do Turismo
Foram hoje entregues mais dois certificados Madeira Safe to Discover, à DTL Tours (animação turística) e empresa de Alojamento Local, elevando para cinco – hotéis (2), animação turística (2) e Alojamento Local - as certificações sanitárias de riscos biológicos já atribuídas pela SGS, a entidade certificadora.
Além do “momento importante” que é não só a atribuição do Certificado mas também a oportunidade para voltar a passar a mensagem, para o director executivo APM – Associação de Promoção da Madeira, Nuno Vale, não menos importante é “as empresas da Região darem valor à certificação e perceberem a sua importância”.
Embora reconheça que “ainda são poucos” os certificados entregues justifica a demora no processo porque actualmente está em curso “mais de 50 auditorias”, processos “que são rigorosos” porque “implica trabalho com cada uma das empresas por forma não só a adaptarem os seus procedimentos à certificação mas depois implementarem correctamente e, para além disso, são efectuados testes biológicos para certificar”, explicou o gestor.
“Muito satisfeito” por sentir que há “uma correspondência dos empresários da Madeira na mesma medida em que existe o reconhecimento internacional do trabalho que a Madeira tem vindo a fazer” está o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus. E isto por considerar que “o modelo desenvolvido pelo Governo Regional para afirmar a Madeira como destino seguro está a vingar e está a merecer a melhor apreciação internacional possível, sendo a Madeira apontada como exemplo e até como o caminho a seguir para muitos outros destinos” distinção também reforçada pelos empresários do turismo que “identificam essa mesma oportunidade” referindo-se à adesão que o Certificado Madeira Safe to Discover tem vindo a registar por parte de quem opera no sector.
Oportunidade para Eduardo Jesus reafirmar que a Madeira continua a ser “a única região de turismo do país que optou por uma certificação sanitária de riscos biológicos”. Decisão que classifica de “muito acertada” por corresponder não apenas ao “desafio do momento, que é trazer confiança ao sector e poder transmitir interna e externamente que é seguro este sector aqui na Madeira”, sublinhou, mas também por ser um “activo que está a reforçar muito o posicionamento da Madeira lá fora”, assegura.
Prova disso a reacção animadora do mercado inglês, ao registar o “interesse muito grande pela Madeira” após a reintegração da Região no corredor turístico. Tanto assim é que há um “reforço” na operação das três companhias britânicas que operam para a Madeira, a British Airways, a easyJet e Jet2, sendo que este último, que é tão só o maior operador britânico para a Região “aumentou significativamente as suas frequências semanais” contribuindo em larga escala para que estejam “a chegar milhares de turistas ingleses à Madeira”, sendo por isso “o mercado que melhor responde nesta fase”, destaca. Em contrapartida há a registar “um ligeiro abrandamento do mercado alemão” que Eduardo Jesus atribui aos constrangimentos que estão a ocorrer na Alemanha, onde a própria mobilidade interna está limitada por questões de controlo da epidemia. Já em relação aos restantes mercados emissores de turismo para a Madeira diz acusar “uma oscilação imediata em função da evolução epidemiológica em cada uma dessas origens” onde “a pressão está muito elevada” face ao aumento de casos de infecções da Covid-19, risco que “condiciona muito” e “penaliza” o destino Madeira.
Ainda assim reitera que “a Madeira está preparada, fez o seu trabalho e afirmou-se como destino seguro”, boas práticas que “levam à afirmação desse mesmo posicionamento, mas estamos ‘nas mãos’ dos mercados emissores”, lembra. Assume por isso que a Madeira está numa situação de “dependência” dos países emissores que não pode controlar: “Se evoluírem bem, ganhamos, se evoluíram mal, perdemos”, concretiza.