PCP lamenta que sejam diminuídas valências no Serviço Regional de Saúde
O PCP defende que não é aceitável que a pretexto da pandemia sejam diminuídas valências no Serviço Regional de Saúde, como está a acontecer nos cuidados de saúde primários, nas consultas de especialidade, nos meios de diagnósticos e nas cirurgias, empurrando os madeirenses para o sector privado da saúde.
Os problemas de saúde dos madeirenses e portossantenses que existiam antes da pandemia covid-19 continuam a existir, em muitos casos estão mais agravados. Não é aceitável que existam utentes do SESARAM, desde o início da pandemia, que continuam a esperar e desesperar para marcar uma consulta com o seu médico de família ou uma consulta de especialidade Deputado Ricardo Lume
O deputado disse ainda que "não é aceitável" que os utentes utilizem as linhas telefónica publicitadas pelo SESARAM para marcar consultas, análises e exames de diagnósticos e passem horas agarrados aos telemóveis ou telefone sem que ninguém atenda do outro lado da linha.
"Não é admissível que um utente que tem a sorte de ter uma consulta marcada seja contactado algumas horas antes pelos serviços do SESARAM a desmarcar a consulta", sustentou.
Ricardo Lume afirmou que se ficou provado que o Serviço Regional de Saúde "teve um papel insubstituível na resposta ao surto epidémico provocado pela covid-19", também é evidente que "a política de redução e suspensão de importantes valências" pode comprometer a qualidade de vida de milhares de madeirenses e portossantenses, a realização dos diagnósticos e de actos médicos atempados para salvar vidas.
"São necessárias políticas claras de reforço do Serviço Regional de Saúde no seu financiamento, na contratação de mais trabalhadores na área da saúde e na integração dos trabalhadores com vínculo precários numa carreira com vínculo público, no aumento e modernização de equipamentos e no aumento do número de camas de agudos, de cuidados intensivos, de cuidados continuados e hospitalares, na criação de serviços de medicina de trabalho em todas as unidades de saúde, no reforço da capacidade de meios de diagnóstico e terapêutica, no alargamento das resposta de saúde mental e no reforço das equipas de saúde pública, como o PCP tem vindo a defender", concluiu.