ONU pede que se pense duas vezes antes de partilhar desinformação nas redes sociais
As Nações Unidas vão lançar na quarta-feira uma "ação global" nas redes sociais para pedir aos cidadãos de todos os países que pensem duas vezes antes de partilhar desinformação através da Internet.
#Pledgetopause [promete fazer uma pausa, em português] é o lema da campanha, cujo arranque está marcado por António Guterres no vídeo que começa com um silêncio de cinco segundos.
"Durante a pandemia de covid-19 a informação errónea pode ser mortal. Faça uma promessa de fazer uma pausa e de ajudar a impedir a expansão da desinformação", afirma o secretário-geral da ONU, que irá espalhar esta mensagem através das suas páginas das redes sociais Twitter e Instagram, com a expectativa qeu seja replicado por "líderes políticos, influentes e cidadãos preocupados".
A ONU assegura, em comunicado, que a campanha se baseia "numa investigação que indica que uma pausa breve diminui significativamente a inclinação para compartilhar material impactante ou emotivo e, deste modo, reduz a expansão da desinformação".
A campanha faz parte de uma iniciativa do organismo internacional que começou em maio passado com o nome "verificado", cujo objetivo era difundir de maneira acessível informação sobre saúde, assim como histórias sobre solidariedade internacional acerca da covid-19.
Além disso, pretende "aumentar a alfabetização mediática para permitir os utilizadores das redes sociais detetar desinformação e evitar a sua transmissão".
#Pledgetopause, que se pode visitar na página da internet (www.takecarebeforeyoushare.org), pretende chegar antes do próximo ano a uma audiência de um milhão de pessoas.
Por sua parte, a vice-secretária-geral para a Comissão Global da ONU, Melissa Fleming, destacou que o combate à desinformação é fundamental na luta contra a pandemia da covid-19.
"A covid-19 não é só uma crise de saúde, mas também uma emergência de comunicação. Quando a desinformação se espalha, as pessoas perdem a confiança e muitas vezes tomam decisões que dificultam as respostas públicas e até mesmo põe em perigo a sua vida", disse Fleming.