Como reforçar o nosso sistema imunitário?
Presentemente, considerando a chegada concomitante da 2ª vaga de SARA-CoV-2 com o Outono, muitas pessoas têm questionado como devemos proceder para aumentar e reforçar o nosso sistema imunitário.
Estas recomendações para o reforço do nosso sistema imunitário visam garantir uma melhoria do nosso estádio fisiológico e da nossa plasticidade em relação aos principais microorganismos.
Tendo em conta também os tempos difíceis em termos económicos, algumas destas recomendações estão ao alcance da maioria das pessoas.
Assim:
Prática regular de exercício físico: a actividade física, parece contribuir para diminuir a probabilidade de infecções, bem como melhorar o prognóstico quando as contraímos. A evidência diz respeito não só ao aumento das nossas defesas, mas também à habituação a um estádio inflamatório, pelo que a capacidade de debelar uma infecção é maior;
Perda ponderal: a evidência científica mostra que o excesso de peso é um factor de risco importante quer para um aumento de infeções, quer para um pior prognóstico se a contrairmos. Contudo é também assinalável que a perda de peso sem supervisão clínica e de forma desregulada pode contribuir para a diminuição das defesas do corpo e, subsequentemente, facilitar a existência de infecções;
Respeitar o descanso e ter um sono saudável: Ter hábitos de sono saudáveis e de rotina é fundamental para que haja um reforço imunitário. A ausência dos mesmos, bem como o trabalho por turnos, leva uma redução da capacidade do sistema imunitário;
Cessação tabágica: as consequências do tabaco quer sobre a árvore respiratória, quer sobre a capacidade de funcionamento dos nossos mecanismos de defesa, é um dos factores mais nefastos sobre a imunidade corporal e um dos principais facilitadores a infecções respiratórias graves;
Alimentação personalizada: para uma escolha mais assertiva, aqui ficam 10 alimentos que numa abordagem mais holística da Medicina, parecem exercer um efeito “positivo” no nosso sistema imunológico.
i) Brócolos, espinafres e couve enquanto fontes de ácido fólico e vitamina B9;
ii) Vegetais ricos em alfa e betacarotenos pela acção antioxidante;
iii) Alimentos ricos em zinco como a carne vermelha, fígado, ostras, cereais integrais, castanhas, nozes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico) e ricos em omega-3 (Cis) como o atum, salmão, sementes de chia e linhaça (trituradas);
iv) Citrinos, em especial se for praticante de desporto, como: kiwi, morango, laranja, tangerina, limão, morango e manga;
v) Cogumelos (shitake) pela ação imunomoduladora, bem como pela quantidade de fibras, proteínas e aminoácidos essenciais;
vi) Alho e Gengibre pelos compostos bioativos como a alicia e gingerol respetivamente, além de acção antioxidante, anti-inflamatória e moduladora do sistema imunológico;
vii) Glutamina, presente em carne, ovos e derivados de leite e soja, enquanto aminoácido essencial e com papel na modulação do sistema imunitário.
Vitamina D: redução no número de infeções respiratórias, especialmente se em pessoas com valores de vitamina D inferiores a 10 ng/mL.
Como é do conhecimento geral, o nosso organismo é complexo e necessita de cuidados constantes. A exposição a ameaças externas como: bactérias, vírus e fungos podem condicionar o desenvolvimento de doenças e até a morte prematura. Assim, mantenha o seu organismo com elevada capacidade de defesa seguindo basicamente alguns pilares: alimentação, vacinação, controlo de stress e boa qualidade de sono, bem como realização de exercício físico de forma regular.