Fenprof diz que já são mais de 330 as escolas com casos positivos
Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou hoje que já são mais de 330 as escolas em que confirmou existirem casos de covid-19 e acusou o Ministério da Educação de "esconder informação" solicitada a este propósito.
Os procedimentos, segundo a Fenprof, "continuam a variar muito" de escola para escola e os testes continuam "a não ser opção generalizada", enquanto crescem os números de alunos e profissionais em quarentena.
"Em pouco mais de uma semana, o número de escolas que a Fenprof confirmou como já tendo tido (na larga maioria, tendo ainda ativos) caso(s) de covid-19 quase triplicou", afirma a estrutura sindical, revelando uma lista de estabelecimentos, que está a atualizar com regularidade.
De acordo com a federação, há ainda um número significativo em fase de confirmação, na sequência de informações que, constantemente, está a receber.
Face ao número crescente de casos, os professores estão a ser autorizados a exercer a atividade em teletrabalho, o que para a Fenprof não é a solução ideal, mas justifica-se no atual contexto.
A Fenprof alegou ainda, em comunicado, que para o aumento de casos nas escolas, que também se repercute na comunidade, está a contribuir "a não realização de testes" na maioria das escolas em que são detetadas infeções.
"Além disso, estão a ser adotados procedimentos que são contrários às recomendações da Direção-Geral da Saúde e fazem aumentar, ainda mais, o risco", defendeu a Fenprof, exemplificando que há escolas com turmas colocadas em quarentena, mas com os professores a darem aulas a outros alunos.
A estrutura sindical mantém a intenção de recorrer aos tribunais, a partir do dia 22, se o Ministério continuar a não responder ao pedido de informação que lhe endereçou a 8 de outubro sobre as escolas com casos de covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.213 pessoas dos 103.736 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.