'Causa Ferry' defende modernização dos transportes marítimos
"Todos prometeram o ferry, ninguém cumpriu", afirma o grupo
O grupo cívico 'Causa Ferry Madeira-Continente' defende que seja levado a cabo um estudo "independente, de idoneidade e credibilidade inquestionável e irrepreensível" que permita a modernização dos transportes marítimos na Região, sendo que o ferry representa um dos exponentes máximos.
Este grupo esteve, esta manhã, no porto do Funchal, desenvolvendo uma acção que tinha como objectivo alertar para as promessas que foram feitas pelos diversos partidos, mas que continuam por cumprir. A ligação semanal entre a Região e Portugal continental tratou-se de uma "promessa vã e enganadora" por parte do Governo Regional, mas também do "Partido Socialista, Juntos pelo Povo, CDS Partido Popular, Partido Comunista e Bloco de Esquerda". "Não aceitamos recuos e retóricas de oportunistas ou outras manobras para 'inglês ver'", refere o grupo, acrescentando esperar dos partidos políticos "competência, independência e distância dos interesses comerciais e financeiros do grupo económico dominante nos transportes marítimos da Madeira".
"Os custos dos transportes de carga marítima para a Região Autónoma da Madeira são escandalosos e delituosos", considera a 'Causa Ferry', pois acredita que "com a existência de um serviço ferry semanal as dinâmicas de custos com os transportes terminaria".
Tal como explicou o porta-voz ao DIÁRIO, mais do que uma ligação ferry, em causa está a modernização dos transportes marítimos, seja de passageiros, seja de carga e a concretização de preços mais justos. Aliás, adianta que já foram gastos milhares em estudos, que não tiveram consequências práticas.
"Solicitamos ao Governo Regional e aos demais partidos da lide política parlamentar e cívica madeirense, que estabeleçam rapidamente contactos de diplomacia económica com os operadores Ferry que semanalmente operam a rota Canarias-Península Ibérica, por forma a explorarem soluções técnicas e operacionais que permitam incluir o porto do Funchal nesses trajectos", pede a 'Causa Ferry'. Lembram que, semanalmente, navegam ao largo da Madeira, três Ferryboats espanhóis que transportam carga e passageiros. "Não é por falta de oportunidade e de capacidade navegante que não se exploram essas solução, é sim por desinteresse, incompetência e latentes atos corruptos", dizem.
Com duras críticas ao grupo Sousa, a 'Causa Ferry' acreditam que a recuperação pós-pandemia é o momento ideal para implementar novas dinâmicas no transporte marítimo, "que nos livrem de um sistema pesado e decadente e em que o que o Grupo Sousa, em conluio de preços com a Transinsular do grupo ETE nos mantem reféns". Aliás, consideram que o dinheiro gasto em estudos, serviu "unicamente como manobra dilatória e como compasso de espera politico".
"Ajustar os valores do POSEI considerando a existência de um serviço de carga por Ferryboats, alternativo aos porta-contentores, liberta recursos para o orçamento regional. Este é um exemplo cabal das repercussões económicas positivas para a região, quando esta modernizar os seus sistemas de transportes marítimos", explica a causa.
O grupo cívico promete que "tudo perfará para contribuir para o fim desta inaceitável conjuntura".