Gestos que ficam
Boa noite!
Há muitas formas de destoar das arrogâncias. Uns fazem-no com convicções, outros com mestria e alguns com lucidez.
. O deputado do PS-M à Assembleia da República, Carlos Pereira, colocou a discussão em torno do Orçamento de Estado num patamar de onde não deve sair. Destoou de lógicas instaladas para referir que, apesar de estar perante um orçamento de combate, espera que não seja um orçamento que motive guerra entre os madeirenses, apelando assim a uma convergência que vise garantir “que temos mais condições, melhores instrumentos financeiros e que se evite falhar naquilo que são os propósitos principais da Madeira". É com posturas construtivas que a credibilidade dos políticos ganha algum do fôlego perdido em lutas pela sobrevivência e pelos lugares.
. A esta hora não há ainda grandes sinais da intempérie que motiva avisos. Mas as previsões são claras: vem aí chuva forte e vento a condizer. Curiosamente só o presidente do município de Câmara de Lobos descansou a população garantindo que “em função da magnitude expectável do evento, procedeu-se ao reforço e a preparação preventiva dos meios e recursos tidos como necessários, nomeadamente com a constituição de duas equipas operacionais, com os equipamentos, materiais e recursos indispensáveis à resolução de qualquer eventual situação de emergência e proteção civil”. Independentemente de ter ou não acesso a informação privilegiada, a autarquia liderada por Pedro Coelho revelou estar prevenida para o pior. Tomara que outras não tenham que remediar.
. A Iniciativa Liberal na Madeira quer saber quantas consultas, exames e cirurgias foram adiados nesta altura de pandemia. Nuno Morna assegura que "a saúde dos madeirenses não é só covid" e exige que sejam revelados os números por agora tratados como “segredo de estado”. Pelos vistos não estamos sós nesta luta sem tréguas. Brincar às escondidas com a saúde dos madeirenses tipifica negligência grosseira.