PSD diz que a recuperação de habitação devoluta e o arrendamento a jovens estão por concretizar
PSD apresentou cinco projectos na Assembleia Municipal desta segunda-feira, a última sobre a temática da habitação também foi aprovada
A implementação de um programa de política de habitação, denominada 'Viver (N)a Cidade' foi hoje aprovada por maioria, em mais um projecto que gerou consenso entre os deputados municipais durante a sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Funchal.
O projecto proposto pelo PSD visa garantir mais habitação disponível a preços fora do valor do mercado imobiliário na cidade, nomeadamente com a criação de um programa que possa recuperar casas devolutas e disponibilizar as mesmas a jovens, como forma também de combater a desertificação do centro.
Segundo o deputado proponente, Fábio Bastos, este não é um projecto do PSD, mas sim visa resolver um drama social com cerca de 4 mil famílias à espera de casa. Apelou, por isso, ao consenso para com esta problemática.
Das intervenções, todos os partidos concordam com o problema, mas cada um interpreta o mesmo de forma distinta. A CDU apostou na sensibilização para o drama das famílias que desesperam por casas há anos, o deputado independente Roberto Vieira considerou apontar ao progrema de habitação social da autarquia e à guerra civil na SocioHabita, pelo CDS, Gonçalo Pimenta, reforçou as críticas à falta de estratégia de habitação e de cumprimento de promessas da actual vereação no poder.
Apesar de todos concordarem que urge solucionar o problema, a sessão não terminou sem alguma polémica e trocas de acusações entre as duas bancadas. A vereadora com a pasta da Habitação, Madalena Nunes, acusou o PSD de plagiar projectos que a autarquia já tem no terreno, nomeadamente o 'Reabilita Funchal'.
Miguel Silva Gouveia tomou ainda a palavra para acusar o PSD de que esta proposta é um exemplo da falência da política de desenvolvimento ao logo dos anos na Região, pois os problemas de habitação não são exclusivos do Funchal e responsabilidade desta autarquia.
A votação foi a seguinte: PSD, CDS, PTP e CDU, mais os independentes Orlando Fernandes e Roberto Vieira votaram a favor, a Coligação Confiança absteve-se.