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Facebook retira 2,2 milhões de publicações ligadas às eleições americanas

FOTO AARON M. SPRECHER/EPA
FOTO AARON M. SPRECHER/EPA

O vice-presidente do Facebook, Nick Clegg, revelou hoje que 2,2 milhões de publicações foram retiradas daquela rede social e do Instagram, por "tentativa de entrave à participação" nas eleições americanas marcadas para novembro.

Numa entrevista ao Journal du Dimanche, o responsável revelou ainda que foram realizadas advertências sobre 150 milhões de informações falsas, verificadas por 'media' independentes.

O Facebook tem vindo a multiplicar nos últimos meses os esforços para não se repetir o que sucedeu em 2016, quando as suas plataformas foram usadas para operações de manipulação dos eleitores, realizadas a partir da Rússia, antes do escrutínio presidencial nos Estados Unidos e sobre o Brexit no Reino Unido.

"Temos 35 mil colaboradores que se ocupam da segurança das nossas plataformas sobre as eleições, e estabelecemos parcerias com 70 'media' especializados, cinco deles em França, que verificam a informação", descreveu Nick Clegg.

O vice-presidente da empresa norte-americana disse ainda que também estão a ser usados instrumentos de inteligência artificial nesta operação que permitem "suprimir milhares de publicações e de falsas informações, mesmo antes de serem vistas pelos utilizadores".

Em 2016, o Facebook "não identificou nem suprimiu nenhuma rede estrangeira que interferiu nas eleições, mas, este ano, entre março e setembro, foram suprimidas 30 redes maliciosas em todo o mundo, algumas delas com ações que visavam os Estados Unidos".

Em outubro, esta rede social retirou mais de 300 contas e páginas, ativas também no Instagram, adiantou o responsável da empresa.

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