Madeira

“Cortar na saúde é fácil, mais difícil é investir”

Sara Cerdas falava esta manhã no 16.º Congresso Mundial de Saúde Pública

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Sara Cerdas participou esta manhã no 16.º Congresso Mundial de Saúde Pública, onde apelou a "mais evidência científica no processo de tomada de decisão e à necessidade de reforçar o papel social da saúde".

No seu ponto de vista, "para que o trabalho político de acção ocorra, é necessário que exista mais e melhor evidência, e que essa evidência chegue de forma rápida e simples aos representantes que estão nestes centros de decisão política".

“Infelizmente, cortar na saúde é fácil, mais difícil é investir, pois os resultados apenas surgem a longo prazo, muito depois das medidas serem implementadas", sublinhou.

A eurodeputada insiste que "a prevenção é um conceito complexo de compreender e investir" e que "é difícil explicar aos cidadãos ou aos decisores políticos o que significa e engloba o conceito de prevenção".

Sara Cerdas explicou, no momento, algumas das dificuldades sentidas na negociação do relatório do programa de saúde europeu 'EU4Health', esta semana aprovado na Comissão de Saúde Pública, Segurança Alimentar e Ambiente (ENVI)e reconheceu como uma "conquista" o facto do programa de saúde incluir no seu cerne "uma abordagem holística da saúde, aplicando o princípio de saúde em todas as políticas”.

"Todavia, no final dessa mesma abordagem, não foi possível encontrar um consenso, entre os deputados que estavam a negociar", lamentou.

“Devemos trabalhar em conjunto, ou seja, com os cientistas, académicos, sociedade civil, cidadãos e políticos, para trazer mais evidência à tomada de decisão”.

A intervenção decorreu durante o plenário sobre 'Sistemas de saúde preparados para o futuro: promover melhor saúde, crescimento económico e coesão social', contando com a presença de altos representantes na área da saúde a nível mundial, e abordou possíveis formas para melhorar a saúde, a riqueza e o bem-estar da sociedade, como reduzir as iniquidades, como garantir maior sustentabilidade e resiliência nos sistemas de saúde e aumentar a sua qualidade e acessibilidade.

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