Quando o vírus fura a bolha
Boa noite!
Na jornada solitária de Cristiano Ronaldo não tem faltado solidariedade. Muita. De todos os cantos. Compreensível porque o aparente ser de outro mundo sofre como qualquer um dos mortais, mesmo que assintomático e bem disposto. E no caso, não poder jogar ao mais alto nível e perseguir novos impossíveis, é o maior dos sacrifícios.
Há quem veja no episódio mediático uma oportunidade para sensibilizar o País e o Mundo para a necessidade de respeitar atitudes preventivas. Fica claro que "ninguém está livre" e que o manhoso do vírus chega a todos. Aos famosos como Madonna, Neymar e Djukovic, ou aos alucinados como Trump, Bolsonaro e Berlusconi. Aos ricos e aos pobres, aos que vivem em bolhas e aos que fazem testes, aos que fintam as zaragatoas e aos que são apanhados a prevaricar, aos mediáticos e aos que escondem o nome, aos que se julgam imunes e aos anónimos por não terem estatuto.
Na ilha que viu o craque agora infectado nascer, há hoje cinco novos casos positivos de covid-19, todos importados, totalizando 99 activos e estando em estudo outras 12 situações suspeitas pelas autoridades. Até agora ninguém morreu, embora alguns já tivessem partido por causa do vírus, do medo que os afastou das urgências hospitalares e das consultas médicas, ou das contingências que atrasaram atendimentos e cirurgias. Se calhar partiriam mais cedo ou mais tarde. Mas a esses, em tempo útil, nunca nenhum Presidente escreveu mensagens de carinho e manifestou estima e admiração. Isto porque também na doença nem todos estão ao mesmo nível.