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Positivo de CR7 lança alerta à população de que "ninguém está livre"

Alerta do presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública

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"Esta situação dá um mediatismo maior. Viraliza a situação perante a opinião pública de que ninguém está livre de desenvolver a infecção. Pode despertar a atenção das pessoas para a necessidade de cumprir as medidas pedidas pelas autoridades de saúde."

O caso do futebolista internacional português Cristiano Ronaldo, que hoje testou positivo a covid-19, pode servir como novo alerta à população de que "ninguém está livre", disse à Lusa o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.

"Já sabíamos que ninguém estava livre de poder ser infetado. Esta situação dá um mediatismo maior. Viraliza a situação perante a opinião pública de que ninguém está livre de desenvolver a infeção. Pode despertar a atenção das pessoas para a necessidade de cumprir as medidas pedidas pelas autoridades de saúde", referiu Ricardo Mexia.

Pelo mesmo caminho vai o virologista Pedro Simas, que considerou que "se há algo de positivo nesta situação" é essa chamada de atenção para a importância da responsabilidade individual de cada um, de "usar a máscara" e adotar outras medidas preventivas, até porque "se chegou à seleção, pode chegar a qualquer lado".

Simas lembra que o caso estará enquadrado dentro de "regras bem definidas" pela Federação Portuguesa de Futebol, pela Direção-Geral da Saúde e pela UEFA, "que dizem o que tem de ser feito".

Ainda assim, "a partir do momento em que alguém é diagnosticado como infetado, os outros estão potencialmente infetados", seja em que contexto for. Na seleção A, já José Fonte e Anthony Lopes tinham sido afastados por testarem positivo.

Como "já não é a primeira situação", Ricardo Mexia diz presumir que "haja regras nesse protocolo [da FPF] sobre o que deve acontecer", além de todos os procedimentos habituais realizados aquando de um caso positivo, da avaliação do risco e da situação à adoção, ou não, de medidas de saúde pública.

"Aqui existe um protocolo, que eventualmente tem regras concretas, e que deve ser aplicado", atirou.

Tendo em conta que os jogadores da seleção foram hoje testados, todos com resultado negativo, segundo comunicou a FPF, mas que Ronaldo é já o terceiro jogador com teste positivo, o especialista lembra que qualquer um pode "ser testado hoje" e ter um teste negativo e "amanhã já dar positivo".

"Potencialmente, poderá haver outros que tenham essa situação. É percebendo o que se passa no protocolo da FPF que se torna mais fácil avaliar", comentou.

O capitão da seleção portuguesa Cristiano Ronaldo testou positivo à covid-19 e vai falhar o encontro de quarta-feira com a Suécia, da Liga das Nações, revelou hoje a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

"Cristiano Ronaldo foi dispensado dos trabalhos da seleção nacional após teste positivo para covid-19, pelo que não defrontará a Suécia. O internacional português está bem, sem sintomas e em isolamento", lê-se numa nota publicada no site oficial do organismo.

Ronaldo é o terceiro jogador de Portugal a estar infetado com o novo coronavírus, depois de José Fonte e Anthony Lopes, com os três futebolistas a terem sido afastados do estágio da seleção nacional.

"Na sequência do caso positivo, os restantes jogadores realizaram novos testes esta terça-feira de manhã, todos com resultado negativo, e estão à disposição de Fernando Santos para o treino desta tarde, na Cidade do Futebol", acrescentou a FPF.

Portugal contabiliza pelo menos 2.110 mortos associados à covid-19 em 89.121 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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