Governo quer agilizar aplicação de rastreio 'Stayaway Covid'
O objectivo é melhorar a aplicação, mantendo os princípios que a norteiam, nomeadamente o princípio da liberdade
O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) disse hoje que a aplicação de rastreio 'StayAway Covid', que já foi descarregada por mais de um milhão de pessoas, vai ser agilizada.
"Estamos a estudar algumas novas abordagens à app. Solicitámos à Comissão Nacional de Proteção de Dados [CNPD] algumas indicações para, dentro do quadro da privacidade, criar condições para agilizar algumas operações", afirmou Luís Goes Pinheiro.
Na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de covid-19 em Portugal, o responsável disse que, em cooperação com a Direção-Geral da Saúde (DGS), vai ser intensificada a formação dada a médicos, responsáveis por inserir na aplicação os códigos de quem está infetado, de forma a que não tenham dúvidas sobre os procedimentos.
"Haverá um `webinar´ esta semana e outras ações para garantir que não há nenhum utilizador do sistema que não saiba as operações que deve fazer", observou.
A aplicação móvel, lançada no dia 01 de setembro, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre 'smartphones', as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus. A sua instalação é voluntária.
Luís Goes Pinheiro referiu que o objetivo é melhorar a aplicação, mantendo os princípios que a norteiam, nomeadamente o princípio da liberdade.
A 'StayAway Covid' é uma aplicação que assenta na liberdade de descarregar, de usar, de inserir o código gerado e de ligar para a Linha Saúde 24 caso seja considerado de alto risco, frisou.
Sobre o número de notificações geradas até agora, Luís Goes Pinheiro referiu que está "em linha com outros países europeus", dando o exemplo da Áustria com 900 mil instalações e 56 códigos gerados, a Itália com sete milhões de instalações e 257 códigos gerados, a Polónia com 860 mil instalações e 45 códigos gerados e a Finlândia com 2,3 milhões de instalações e 158 códigos gerados.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.094 pessoas dos 87.913 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.