A Aflição da vizinha!
- Oh, vizinha, ando com a minha cabeça “destrambelhada”. Por causa daquelas notícias, esta noite não dormi nada.
- Mas que diabo de noticias foram essas que pôs o sono da vizinha às avessas?
- Então não é que a polícia anda a investigar as CÂMARAS que o nosso partido está a governar!
- A vizinha que não me diga isso que já me dá um chilique!
- A vizinha pode crer. Se o que dizem se confirma a gente nunca mais chega ao PODER!
Vamos ser governadas pelo PPD até morrer!
- Credo, vizinha, como a senhora está. Mande essa boca para lá.
Mas já está alguém acusado?
- Não, vizinha, mas a procissão ainda vai no adro.
- Assim estou mais descansada. A vizinha que acredite que isso não vai dar em nada.
Ao princípio parece tudo mau e, depois, fica tudo em “águas de bacalhau”.
- Oxalá que tenha razão para descanso do meu coração.
- Pois, pois, mas enquanto as coisas não forem esclarecidas, a gente anda sempre cá com umas voltas na barriga!
- É verdade. Sentimos um nervosismo, uma ansiedade…
Mas a vizinha que acredite no que lhe digo: Eu gosto do meu partido, até mais do que gosto de meu marido, mas se esta “desgraça” se confirmar, comigo não vão mais contar.
- Comigo também não. Ponho o meu voto em leilão!
- O meu fica na gaveta até lhe dar o mofo, mas votar eu não voto mais no senhor Cafofo!
- Mas isso não vai acontecer. Nossa Senhora vai nos proteger!
- Também espero que não haja sarilhos, para bem do presente dos nossos amigos e futuro dos nossos filhos!
Já não nos bastava o maldito do coronavírus!
- Vizinha, temos que ter calma, pois estas coisas também já fazem parte do nosso dia-a-dia, vendo bem, é já também, uma maldita e verdadeira pandemia!
- Pois, só que esta “pandemia” deve ser coisa boa, coisa fina, pois são poucos os interessados em descobrir uma “vacina”.
- Exatamente. Porque esta “doença” – boa e fina - só aparece da classe média para cima.
- Bom, vizinha, vamos sossegar o “miolo”( a cabecinha) não nos arreliarmos antes do tempo e esperarmos (sentadas) o desenrolar dos acontecimentos.
Fique bem.
- A vizinha também!
Juvenal Pereira