Portugal em dia de glória com triunfo de Guerreiro e liderança de Almeida
O ciclismo português viveu hoje um dos seus dias de maior glória, com Ruben Guerreiro (Education First) a vencer isolado a nona etapa da Volta a Itália, na qual João Almeida (Deceuninck-Quick Step) manteve a camisola rosa.
Guerreiro conquistou o seu primeiro triunfo numa grande volta internacional, enquanto Almeida manteve a camisola rosa, símbolo da liderança que alcançou na terceira tirada: segunda-feira é dia de descanso no Giro.
O madeirense de 26 anos e o espanhol Jonathan Castroviejo (INEOS) integraram uma longa fuga de oito elementos, tendo depois deixado os companheiros para trás, sendo que, na subida decisiva, o luso resistiu a um primeiro ataque do adversário e nos últimos 300 metros desferiu um ataque final, superando o espanhol por oito segundos.
Além da etapa, com chegada em contagem de primeira categoria, Guerreiro, que voltou a dar a Portugal uma vitória no Giro 31 anos depois de Acácio da Silva, assumiu a liderança da classificação da montanha.
Guerreiro cumpriu os 208 quilómetros entre San Salvo e Roccaraso em 5:41.20 horas, sendo que o jovem dinamarquês Mikkel Bjerg (UAE Emirates), três vezes campeão do mundo de esperanças no contrarrelógio, chegou a 58 segundos, fechando o pódio.
João Almeida perdeu algum tempo para os principais rivais, detendo agora 30 segundos de avanço para o holandês Wilco Kelderman (Sunweb) e 39 para o espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren), ciclistas que trocaram de posição na geral.
Almeida vacilou na derradeira subida, de 9,6 quilómetros e com declive que chegava os 12%, contudo, o pelotão manteve-se compacto até ao quilometro final, quando Kelderman e Jakob Fuglsang (Astana) ganharam alguns segundos aos restantes maiores candidatos ao triunfo final no Giro.
O italiano Domenico Pozzovivo (NTT) é quarto da geral a 53 segundos, o compatriota Vicenzo Nibali (Trek-Segafredo) quinto a 57 e Fuglsang sexto a 1.01.
Depois do descanso de segunda-feira, na terça-feira, os ciclistas vão para a 10.ª de 21 etapas, com 177 quilómetros entre Lanciano e Tortoreto, tirada sem exigências de montanha.