Barco da Marinha dos EUA próximo da costa da Venezuela
A Venezuela anunciou hoje que um barco destruidor de mísseis da Marinha dos Estados Unidos (EUA) esteve a 16,1 milhas náuticas das costas venezuelanas, situação que Caracas diz ser um ato de provocação.
"A Venezuela denuncia as intenções intimidatórias do Comando Sul dos EUA, com a presença do barco destruidor de mísseis teleguiados 'USS William P. Lawrence (DDG-110)' da classe Arleigh Burke da Marinha desse país, na Zona Contígua da Venezuela, a uma distância de 16,1 milhas náuticas das costas venezuelanas", refere um comunicado divulgado em Caracas.
O documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores, explica que "o navio de guerra dos EUA reconheceu a autoridade do Estado venezuelano ao responder às comunicações de rádio da Marinha Bolivariana, dizendo que realizava operações de patrulhamento contra o narcotráfico".
"Chama profundamente a atenção o uso de um barco de guerra com capacidade missilística de longo alcance para realizar supostas operações dessa natureza. Trata-se, claramente, de um ato deliberado de provocação, errático e infantil, que revela a falta de rigor profissional do Comando Sul dos Estados Unidos", adianta o comunicado.
O documento refere ainda que, "em 16 de julho de 2020, a Venezuela fez denúncia semelhante, em virtude, então, da incursão furtiva do barco de guerra 'USS Pinckney (DDG-91)', ficando então claro "que se trata de uma conduta reincidente e intencional dos EUA".
O documento acrescenta que as Forças Armadas venezuelanas realizam "patrulhamentos sistemáticos e permanentes, nas suas águas territoriais e jurisdicionais, na sua efetiva luta contra o flagelo do narcotráfico".
"A Venezuela expressa que não cairá em provocações absurdas que pretendem alterar a paz e a segurança do povo venezuelano e dos povos irmãos caribenhos, ao mesmo tempo que reitera o seu compromisso indeclinável com a garantia e proteção de sua sagrada soberania e integridade territorial, sempre em respeito às leis internacionais", adianta.