Mundo

Moçambique tem novo sistema para prever ciclones e outros fenómenos meteorológicos

Foto REUTERS/Mike Hutchings/Arquivo
Foto REUTERS/Mike Hutchings/Arquivo

O Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique começou a contar com um novo sistema para analisar ciclones e outros fenómenos, um equipamento doado pela China e que está avaliado em 26 mil euros, disse à Lusa fonte da entidade.

O equipamento, integrado no sistema chinês de Satélite Fengyun - 2, possui uma cobertura maior em relação ao modelo anterior, o que vai facilitar análises da formação e trajetória de ciclones tropicais, flexibilizando a elaboração de avisos prévios, disse o diretor-geral adjunto do Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique, Mussa Mustafá.

O sistema resultou de uma doação da Administração Meteorológica da China, na sequência de um pedido feito pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, ao Governo chinês durante uma visita em abril de 2019.

Além do equipamento, a China promoveu uma formação a técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique para o devido manuseamento do sistema.

Entre os meses de novembro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por ventos ciclónicos oriundos do Índico e por cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

Em abril do ano passado, alguns pontos da província de Cabo Delgado foram atingidos pelo ciclone Kenneth, que causou a morte a 45 pessoas e afetou outras 250 mil.

Um mês antes da passagem do Kenneth, o centro de Moçambique foi devastado pelo ciclone Idai, que provocou mais de 600 mortos e afetou cerca de 1,5 milhões de pessoas no centro do país, além de destruir várias infraestruturas.

No total, 714 pessoas morreram durante o período chuvoso de 2018/2019, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth.