Rui Rio diz que problema na Madeira é “para resolver depois”
O candidato à liderança do PSD Rui Rio apelou hoje à participação na votação para as directas do partido, afirmando que a eventual impugnação ou irregularidade das eleições na Madeira é “um problema para resolver depois”.
“A Aberto João Jardim e mais 103 pessoas [do PSD Madeira] que cumpriram as suas obrigações provavelmente foi-lhes negado o direito de votar. Ele não estará contente e com razão. O que é aqui negar o direito de votar? Se o caderno eleitoral disponibilizado não é o oficial, obviamente que todos os votos que entrem na urna estão automaticamente anulados”, observou Rui Rio aos jornalistas depois de votar na sede do PSD no Porto.
Apelando à participação dos militantes e observando que estão a votar “em grande escala”, o ainda líder do PSD disse que a questão da Madeira “é um problema para resolver depois”, nomeadamente no que diz respeito a apurar a “importância dos 104 votos no resultado global”.
“Vamos acreditar que as coisas vão correr bem e que só há um problema focado na Madeira que está mais do que clarificado e será tratado nos órgãos próprios”, afirmou.
O social-democrata vincou que “as regras vão ser cumpridas e que, “se em algum sítio ou circunstância não forem, há órgãos próprios para obrigar ao cumprimento”.
“O que pode acontecer é -- e espero que não -- isto levar a recursos”, alertou.
Rui Rio apelou ainda à participação dos militantes.
“Segundo me disseram à entrada, [a participação] está a ser muito grande, ou seja, os militantes estão a votar em grande escala”, disse.
Mais de 40 mil militantes do PSD podem votar hoje na escolha do próximo presidente social-democrata, menos 30 mil do que há dois anos, numa disputa a três que pode obrigar a uma inédita segunda volta.
O actual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais Miguel Pinto Luz são os três candidatos que disputam a presidência do partido em eleições directas.
Se nenhum deles obtiver hoje mais de 50% dos votos, a segunda volta realiza-se daqui a uma semana, dia 18, entre os dois candidatos mais votados, o que seria inédito no PSD, apesar de a regra estar nos estatutos desde 2012.