Fundos europeus ajudam a reflorestar área que ardeu no Funchal em 2016
A Câmara Municipal do Funchal conta concluir até ao final deste ano a reflorestação de uma área de 407 hectares do Parque Ecológico que foi atingida pelos incêndios do Verão de 2016. Esta recuperação é possível graças a um investimento de 1,4 milhões de euros, num projecto aprovado no âmbito do PRODERAM e que é apoiado em 85% com verbas europeias.
O presidente da autarquia, Miguel Silva Gouveia, e a vice-presidente, Idalina Perestrelo, visitaram, esta semana, os trabalhos em curso, que vão envolver a plantação de 288 mil árvores, e constatou que “os trabalhos decorrem a bom ritmo desde o ano passado”. “Se tudo decorrer de acordo com o planeado, teremos esta extensa área do Parque reflorestada até ao final de 2020”, previu.
O trabalho de limpeza dos terrenos e da madeira ardida abrangeu uma área de cerca de 100 hectares, a par da intervenção efectuada no controlo de espécies invasoras, numa área de 250 hectares. Finalmente, já foram plantadas até agora cerca de 70 mil árvores adequadas ao espaço, um trabalho essencial na reabilitação das áreas ardidas e na fixação do solo.
Miguel Silva Gouveia aponta “a questão da sustentabilidade ambiental como um dos objectivos estruturais para o Funchal na próxima década”, sendo que a reflorestação do Parque Ecológico é considerada “determinante para a necessária adaptação e resposta do Funchal à crise climática”. “Temos tido a preocupação de requalificar as infraestruturas, como no caso da construção de um estaleiro de apoio aos trabalhos florestais, e ainda da reabilitação da icónica Casa da Ribeira das Cales, enquanto espaço de apoio ao corpo de operadores florestais. Recentemente, também foi adquirida uma máquina miniescavadora dotada de destroçadora e martelo hidráulico e demais acessórios, de forma a estarmos providos com meios mais ágeis e adequados no apoio à prevenção dos fogos florestais”, descreveu o presidente da autarquia da capital madeirense.
Esta é a última de um conjunto de intervenções que tiveram lugar no concelho ao nível da segurança das populações e da sustentabilidade após os incêndios de 2016. A recuperação de 13 quilómetros de caminhos pedestres no Parque Ecológico e a consolidação de escarpas afectadas foram outras acções levada a cabo. “Estamos cientes de que este será sempre um trabalho de continuidade, resiliência e de contínuo investimento em meios técnicos e humanos, mas o resultado será, sem dúvida, compensador para as nossas e futuras gerações na conservação e defesa deste legado natural da cidade”, rematou o autarca.