Rio disponível para acordos estruturais e só fica como líder do PSD se for “útil” ao país
O líder do PSD, Rui Rio, disse hoje que só estará disponível para fazer acordos que permitam ao país fazer reformas estruturais, recusando viabilizar um governo minoritário do PS negociando “orçamento a orçamento”.
“Orçamento a orçamento não tem pernas para andar. Tipo queijo limiano, não tenho esse perfil e não acho interesse nisso. Agora, um acordo alargado no parlamento que dê ao país a oportunidade de ter aquilo que precisa, acho que sim. Tanto faz eu estar em primeiro e ganhar, como ficar em segundo e não ganhar, ponho a questão do país à frente”, afirmou Rui Rio, em entrevista à TVI e TVI 24.
O líder do PSD frisou que este cenário deve ser válido quer haja um governo minoritário do PS ou do PSD e, questionado sobre as condições para se manter no cargo em caso de derrota, disse “não estar minimamente preocupado” com essa questão.
“Tenho eleições a 6 de outubro, faço até lá o melhor que sei e posso com as circunstâncias que tenho. Chego a 7, 8, 9 ou 10 de outubro e logo vejo o que faço, tanto me faz estar como não estar, só estou se me sentir útil ao país”, afirmou, frisando que ser líder da oposição é um cargo com “custos pessoais e profissionais”.
Dizendo que o objetivo é ter “o melhor resultado possível, que é ganhar as eleições”, Rio reiterou que só depois avaliará em “função do estado do PSD e do país” se será útil e “se haverá ou não benefício em ficar”.
“O benefício é conseguir prestar um serviço ao país. Consigo, pode-se justificar estar, não consigo e não estou aqui a fazer nada”, acrescentou, dizendo não estar “agarrado” ao cargo.