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Violência, assaltos e pilhagem causa três mortos e 41 detenções em Joanesburgo

FOTO EPA
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Quarenta e uma pessoas detidas e três vítimas mortais é o balanço até ao momento de atos de violência e vandalismo em curso no centro e arredores da cidade de Joanesburgo, disse um porta-voz polícia sul-africana (SAPS, sigla em inglês).

Vários estabelecimentos comerciais foram saqueados e edifícios foram incendiados durante a vaga de pilhagem que acontece no centro da cidade de Joanesburgo desde as primeiras horas da manhã de hoje, adiantou aos jornalistas o porta-voz da SAPS, Mavela Masondo.

De acordo com o porta-voz policial, a onda de vandalismo e criminalidade eclodiu domingo na parte leste da capital sul-africana, causando três mortos.

“As três vítimas mortais faleceram carbonizadas no incêndio em Jeppestown cerca das 5 horas desta manhã e um grupo de criminosos aproveitou-se da situação para assaltar as lojas na área”, declarou.

“Muitos veículos e lojas foram incendiados”, disse Masondo que considerou a situação “tensa”, mas como estando “sob controle”.

O porta-voz policial referiu ainda que os estabelecimentos comerciais são de propriedade de sul-africanos e refutou o alegado envolvimento de cidadãos estrangeiros.

Todavia, Mavela Masondo escusou-se a confirmar a nacionalidade das 41 pessoas detidos e o motivo da sua detenção pelas forças policiais.

Além de Jeppestown, Malvern e Jules Street, no centro-leste da cidade, há igualmente incidentes de violência, vandalismo e pilhagem a registar em Regents Park e Turffontein, no sul da cidade, e em Tembisa, um bairro a leste de Joanesburgo, segundo a polícia.

O centro da cidade de Joanesburgo tem sido alvo sucessivos actos criminosos de violência, pilhagem e vandalismo, cujos motivos são imputados à presença de imigrantes africanos estrangeiros.

Em Junho, num discurso de hora e meia no Parlamento sobre o estado da nação, o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em inglês), o partido no poder desde 1994, afirmou que o combate à pobreza, desigualdade e desemprego têm sido os principais obstáculos ao progresso [económico] no país, mas ficou aquém da implementação incluindo a resolução da “grande corrupção” no Estado.