Madeira dá “mais um passo para o lançamento do novo cabo submarino”, diz Pedro Calado
O vice-presidente do Governo Regional da Madeira esteve ontem a bordo do ‘OGS Explora’, o navio que está a fazer a prospecção do mar para o lançamento do cabo submarino que vai ligar o Brasil à Europa.
Para Pedro Calado, este é “mais um passo para que a Região possa dispor de mais e melhores redes de comunicação em fibra óptica, assumindo uma posição privilegiada neste domínio”.
De acordo com o governante, trata-se de uma nova etapa depois de, no ano passado, ter sido assinado o contrato de fornecimento de uma ligação em cabo submarino, entre a Emacom - Telecomunicações da Madeira, empresa do grupo da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) que se dedica à actividade de telecomunicações, e a Ellalink Ireland Limited, operadora de comunicações submarinas, com sede social em Dublin, que representa um investimento de 13,6 milhões de euros.
Neste momento, tal com afirmou Pedro Calado, “este navio está a fazer o levantamento subaquático para ver onde e em que zonas é que o cabo poderá passar. Trata-se de um cabo que terá uma extensão de, aproximadamente, sete mil quilómetros, ligando Fortaleza e Sines, e nós vamos fazer a ligação da Madeira a esse cabo”, assegurou.
Conforme referiu, “estamos a entrar numa rede 5G, numa era digital por excelência. Este cabo vai permitir uma maior quantidade de dados a circular na mesma fibra, com mais operadores e a uma velocidade muito superior àquela que existe e a custos muito mais baratos. Podemos ter não apenas um operador como o actual, mas dois ou três operadores de telecomunicações a uma muito melhor qualidade de informação e muito mais rápida”.
Esta melhoria na qualidade das telecomunicações, segundo Pedro Calado, irá ser também determinante como factor de atracção de investimento para a Madeira e para o Porto Santo, na medida em que corresponderá às necessidades dos empreendedores, por exemplo, as empresas ligadas às áreas tecnológicas, que terão aqui um serviço de qualidade e a custos mais baixos.
Por isso, sintetizou o vice-presidente do Governo Regional, o novo cabo submarino será “uma grande vantagem para a Madeira, pois, com este investimento, entramos também numa fase de desenvolvimento tecnológico muito avançado, comparativamente a outros países”.
Hoje, tal como afirmou Pedro Calado, “a quantidade de dados que são processados no país é de sete terabytes. Com este cabo vamos passar para 18 terabytes, mais do dobro da capacidade da produção de dados que hoje é utilizada em Portugal. Estamos numa era digital e de informação muito avançada e é para a isso que a Empresa Eletricidade da Madeira e o Governo Regional se juntam para fazer este tipo de investimento”.
O cabo deverá começar a ser lançado no final deste ano, início do próximo, prevendo-se que o mesmo esteja concluído até ao final de 2020, início de 2021, o projecto fique concluído.