Madeira

Robótica, Internet das Coisas e carros autónomos em debate

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

“Hoje, venho tentar mostrar uma pequenina janela do que será o futuro, ligado ao 5G”, começou por dizer Luís Santo, responsável na NOS pela Rede Móvel e Terminais e o primeiro orador na 3.ª edição das Conferências Inovação e Futuro, que estão a acontecer, esta terça-feira, no Centro de Congressos da Madeira.

Depois de uma breve cronologia sobre o caminho que as sociedades percorreram para chegarmos à actualidade, momento em que a inovação tecnológica impera, Luís Santo conta que “o 5.0 surgiu no Japão para dar resposta a coisas como o envelhecimento da população”. O 5G, tema da sua intervenção, “não é a última, mas faz parte” desta evolução.

A Internet das Coisas, a robótica, a personalização do conteúdo [cada elemento da família a assistir a um programa diferente no seu próprio dispositivo], são exemplos da evolução tecnológica.

Depois de explicar o que é a latência – “capacidade de pegar num pacote e enviá-lo rapidamente” - Luís Santo explica que dominar esta ferramenta é o futuro. E que são as empresas que primeiro vão usufruir desta evolução.

“Se eu tiver uma aplicação para controlar o meu carro autónomo” é a latência que vai estar encarregada da melhor ou menor performance.Isto porque a rede deve ser muito rápida se “quisermos que o nosso carro chegue à curva e saiba se é para ir para a esquerda ou para a direita”, em tempo seguro, exemplificou.

“Em síntese”, disse o especialista, “o 5G está claramente a acelerar”.

O 5G aparece para dar resposta às empresas, mas também para possibilitar que os vídeos 4k, explica Luís Santo. Até porque permite até 20 vezes mais velocidade do que o 4G.

A nova rede vai precisar de uma abordagem diferente. Luís Santo explica que haverá três bandas diferenciadas para cada tipo de produto dentro da mesma rede: por exemplo, a primeira camada vai tratar dos smartphones, uma segunda camada ficará orientada para sensores [como os utilizados na Internet das Coisas], e uma terceira camada pode ser utilizada para os carros autónomos.

A intervenção de Luís Santo, que viajou para a Madeira para estar presente nesta iniciativa, continuou, tocando em temas como a mobilidade, robótica, sensorização, cidades inteligentes, entre outros. Neste momento, Ricardo Miguel Oliveira, director do DIÁRIO, subiu ao palco para orientar uma conversa com o especialista da NOS. Questões relacionadas com a abstenção nas eleições e com a política, aliada à inovação tecnológica e se esta pode, no futuro, contribuir para aumentar a participação eleitoral do país, arrancaram a conversa. O público também participa, faz perguntas, sobre se será possível, por exemplo, melhorar o alcance da rede na Madeira, conhecida por ser “pouco estável”, dado a orografia do território.

Paulo Soeiro Carvalho é o próximo orador, e está encarregado de explorar o tema ‘Como antecipar e explorar o futuro: os próximos dez anos na tecnologia, empresas e sociedade’. Depois de sete anos a liderar a pasta económica da Câmara Municipal de Lisboa, Paulo Soeiro Carvalho dedica-se agora à inovação e consultoria. A sua intervenção, das mais esperadas pelo público, está marcada para as 11h20.

A conferência Inovação e Futuro é uma organização conjunta entre o DIÁRIO, a NOS e o Casino da Madeira. Durante a intervenção do primeiro orador, ainda há espectadores que vão chegando para assistir ao evento que se prolonga até ao final da tarde de hoje, com quatro oradores especialistas em inovação. Os bilhetes custam15 euros, mas os assinantes do DIÁRIO pagam 10 euros e os estudantes 5 euros.