As 12 Passas para António Costa
Portugal somos todos nós, os cidadãos que vivem no continente português, nas Ilhas da Madeira e dos Açores e que têm de ser tratados em condições de igualdade e de respeito por quem tem, digamos assim – ou deveria ter – a responsabilidade de governar
Neste tempo de Festa, há quem faça balanços e há quem prefira encerrar o ano sem olhar para trás, fazendo votos para que 2020 seja, apenas e tão só, um ano melhor.
Sou dos tais que fazem balanços. Que não acredita num “melhor” pelo qual não se trabalha, que não confia no bem que se alcança sem mais nem menos.
Sou dos tais que quer orgulhar-se do País a que pertence, mas que, para isso mesmo, exige respeito. E isto porque Portugal não é algo que está ali ao lado, nas mãos deste ou daquele.
Não. Portugal somos todos nós, os cidadãos que vivem no continente português, nas Ilhas da Madeira e dos Açores e que têm de ser tratados em condições de igualdade e de respeito por quem tem, digamos assim – ou deveria ter – a responsabilidade de governar.
E é neste País que exigimos soluções. A nossa população merece e precisa de encontrar respostas aos seus problemas e necessidades. Assim como, também, caminhos de realização pessoal e profissional que, simultaneamente, se reflitam a favor de uma Região que sempre foi capaz de vencer todos os seus desafios, com muita luta, trabalho e abnegação, contra tudo e contra todos.
Para nós, PSD/M, os Madeirenses e Porto-Santenses estiveram e continuarão a estar, sempre, em primeiro lugar.
É assim há 43 anos. Será assim nos próximos 4 anos.
E é por isso que, na despedida de 2019 e na entrada de 2020, espera-se que António Costa, ao ouvir o som das doze badaladas, seja capaz de sair da sua bolha protetora para encarar a realidade. Que deixe a ficção e as histórias de encantar para perceber que há muito a fazer e a cumprir, neste caso pela Madeira, na presente legislatura.
Ficam aqui, desde já, doze desejos. Doze passas a digerir naquela que dizem ser a noite mais longa e mais especial de cada ano, precisamente porque marca o arranque de um novo ciclo de esperança e de concretização.
1. Verdade. Não basta saltar em palco e prometer mundos e fundos para depois recuar na palavra dita. É preciso que António Costa e o PS deixem a demagogia de lado para cumprir, efetivamente, aquilo que prometem.
2. Coerência. Uma passa a comer logo a seguir à da verdade. Falta coerência no discurso, mas, sobretudo, na ação. E nós, Madeirenses, já estamos cansados do “diz que disse” da República, assim como da falta de honestidade com que temos vindo a ser tratados.
3. Compromisso. Algo que, neste momento, ganha ainda maior relevância. Um compromisso para governar que António Costa deve saber assumir em prol de todos os cidadãos e, neste caso, dos Madeirenses, que não são – repito, não são – portugueses de segunda ou terceira categoria.
4. Disponibilidade. Sempre. Estamos disponíveis para trabalhar, em conjunto com o Governo da República, em todas as matérias que nos digam respeito, sem abdicarmos daquela que é a defesa dos nossos direitos e garantias. Esperamos, do Primeiro-ministro, essa mesma disponibilidade.
5. Ação. Um desejo que também assume importância nesta passagem de ano, até porque de boas intenções dizem que o inferno está cheio. É preciso concretizar, cumprir, realizar. Chega de promessas que se perdem no tempo, que se guardam na gaveta para mais tarde recuperar, apenas e tão só em períodos eleitorais.
6. Orgulho. Precisa-se e muito de recuperar o sentimento de pertença a que outros tempos Portugal nos habituou. O orgulho que, na Madeira e, concretamente, no PSD/M, faz toda a diferença. E isso apenas depende de um Governo da República que viva mais para o trabalho e, muito menos, para a propaganda.
7. Atenção. Em todas as áreas de governação, mas, especialmente, naquelas em que o Estado tem compromissos a cumprir com a Madeira, nomeadamente na área da saúde ou na mobilidade e, claro, no princípio da continuidade territorial, diariamente adiado.
8. Democracia. Que seja respeitada a vontade do nosso povo e que o PS de António Costa entenda, mesmo que tarde, que não foi nem será a escolha da Madeira.
9. Respeito. Pelas nossas especificidades, pelos nossos direitos enquanto Região Insular e Ultraperiférica. É fundamental que a República perceba, de uma vez por todas, que o bem da Madeira é o bem do País.
10. Igualdade. A todos os níveis e de forma a que o Madeirense, em pleno século XXI, não continue a ser discriminado relativamente ao cidadão que vive no continente português ou nos Açores.
11. Responsabilidade. Uma passa importante para quem muitas vezes esquece as consequências da sua falta de vontade política e da inação que tanto nos prejudicou, nos últimos quatro anos.
12. Memória. Que não seja curta. Nem a de António Costa, nem a nossa. Tal como não foi curta na hora dos Madeirenses darem 3 vitórias ao PSD/M, neste ano que agora finda.
É também sobre nós, Madeirenses, que recai a responsabilidade de construir um País e uma Região que nos orgulhem e que cumpram os seus projetos de desenvolvimento.
Há, todavia, que reconhecer que só conseguimos ser os melhores e atingir os nossos objetivos, se nos derem condições para tal.
Feliz Ano Novo, com muitas passas e desejos à mistura!