Madeira

Faleceu o médico madeirense Joaquim Pereira de Gouveia

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Faleceu hoje em Lisboa o médico madeirense Joaquim José Gomes Pereira Gouveia.

Nascido no Funchal em 14 de Setembro de 1943, licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa, tendo depois se especializado em Hematologia.

Foi responsável pela Unidade e, posteriormente, Serviço de Hematologia do Hospital de Santo António dos Capuchos (HSAC) tendo obtido o grau de consultor de Oncologia Médica em 1999.

Em Villejuif , França, onde realizou formação pós-graduada, dedicou-se especialmente à farmacologia clínica, tendo sido responsável por estudos de toxicologia no animal de laboratório, de farmacocinética no homem e de ensaios clínicos de fase I e II de novos medicamentos. Foi ainda responsável por ensaio pioneiro de quimioprevenção de lesões pré-cancerosas do epitélio brônquico;

Em Lisboa, no HSAC, dinamizou a investigação clínica no tratamento dos tumores sólidos, hemopatias malignas e terapêuticas de suporte (anti-infecciosos, factores de crescimento) em protocolos desenvolvidos na própria unidade e outros em colaboração internacional, que foram objecto de publicações aos níveis nacional e internacional.

Entre 1985 e 1989, colaborou com os Governos Regionais das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores na organização da assistência oncológica ao nível regional e entre 1998 e 2001 foi director do Centro Regional de Lisboa do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil. Participou na discussão e elaboração do Plano Oncológico Nacional 2001-2005. Integrou o grupo de trabalho para criação da Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia.

Exerceu também actividade privada desde 1983, exclusivamente nos Hospitais CUF, onde criou, com o apoio dos conselhos de administração, unidades de oncologia médica, tendo sido director clínico do Hospital CUF Descobertas (2001-2002) e posteriormente, neste mesmo hospital, coordenador da Unidade de Oncologia.

Em 2007 foi nomeado pelo Governo da República, coordenador nacional para as doenças oncológicas.

À família e amigos, o DIÁRIO endereça as mais sentidas condolências