Plano de contingência do Aeroporto da Madeira está em funcionamento
Depois de intervenções do key note speaker e dos oradores convidados para um painel que estava a debater as opções estratégicas do turismo na Madeira, o secretário regional com a tutela, Eduardo Jesus, tomou a palavra desde a plateia para, justificou, sair em defesa das equipas que representa, aproveitando para deixar várias notas. Destaque para a garantia que o plano de contingência para o Aeroporto da Madeira está a funcionar em pleno, tanto é que para a realização deste 45.º Congresso da APAVT foi accionado, inclusive com a prevenção do navio-ferry Lobo Marinho, caso fosse preciso trazer os congressistas do Porto Santo. Isto porque a meteorologia previa algum vento que podera levar a mais desvios de aviões para a ilha vizinha da Madeira.
Eduardo Jesus começou por frisar que já há uma estratégia para o turismo regional perfeitamente definida, até com a singularidade de ter dois documentos estratégicos (um iniciativa da ACIF, outro do sector público), que não divergindo muito um do outro, uma coisa reconhecem, que tem faltado suficiente comunicação sobre o muito que se tem feito na sua implementação. "Há um défice na comunicação do que tem sido feito", assumiu o 'mea culpa'. Mas há forma de redimir esta falha, disse, mas garantindo que os resultados dessa estratégia são os números dos últimos anos, que não saõ obra do acaso. Ou seja, a Madeira tem uma estratégia para o turismo, está a implementá-la e dem sido devidamente monitorizada, reforçou.
O governante lembrou que o Plano Estratégico para o Turismo (POT) foi elaborado para vigorar durante 12 anos (termina em 2017) e impõe um limite de camas até às 40 mil, mas apenas nos empreendimentos turísticos, valores longe ainda de serem atingidos (actualmente ainda abaixo das 30 mil), considerando por isso o Alojamento Local um caso à parte (incluindo todo o alojamento turístico colectivo da RAM já são mais de 35 mil camas), o documento até foi inovador, disse, uma vez que prevê que se em três anos consecutivos o sub-sector crescer mais que 3% ao ano, o POT teria de ser revisto. Essa revisão, a acontecer, deverá ser feita no próximo ano.
Eduardo Jesus esclareceu ainda que entre 2002 e 2019 o crescimento das camas nos empreendimentos turísticos foi de apenas 1,53%, muito abaixo dos 2% frisados na intervenção do empresário André Barreto (pedira que houvesse limitação de novas camas por ano nessa percentagem), ainda que estes dados não incluam o Alojamento Local. Sobre o trabalho que tem sido feito de forma estratégica, deu exemplo a requalificação de unidades de hotelaria, mas há um plano que já implemtnou dezenas de medidas.
Depois de referir a questão do plano de contingência do aeroporto da Madeira, já explicado acima, disse acreditar que os problemas sentidos na operacionalidade da infra-estrutura são cíclicos e que têm ocorrido com a frequência de seis a sete anos. Este ano, disse, tem sido bom, pois apenas 1,7% dos voos foram afectados. Ainda que preferissse haver zero constrangimentos, os problemas em 2019 estão a metade do que acontecera em 2018 e em linha do que tinha ocorrido em 2010.
Eduardo Jesus concluiu a sua intervenção referindo que a discussão sobre a taxa turística regional é bem-vinda, mas lembrou que a elasticidade de mais este imposto está estudada desde Dezembro de 2015. Por isso, garantiu que o tema vai ser alvo de estudo, mas qualquer medida só será tomada depois de ouvir o sector privado. De outra forma não seria possível.