Madeira tem mais de 2.600 voluntários
A revelação foi feita, ontem, pela secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais no evento evocativo do Dia Europeu das Fundações e Doadores
O número de voluntários na Região Autónoma da Madeira é superior a 2.600 pessoas. Destes, mais de 1.600 são voluntários regulares e estão distribuídos por mais de 70 instituições.
A revelação foi feita pela secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, durante o evento evocativo do Dia Europeu das Fundações e Doadores, que decorreu, ontem à noite, na Fundação Cecília Zino, no Funchal.
Rita Andrade, que representava o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, falou de ‘Filantropia – o seu impacto social’, e complementou que “foi precisamente por estarmos cientes da importância do papel dos voluntários, que, em Fevereiro deste ano, o Estatuto do Voluntário foi apresentado pelo Governo Regional e aprovado no parlamento regional por unanimidade”. “O Diploma foi publicado em Junho, e veio, na essência, formalizar, reconhecer e valorizar o papel dos voluntários”, sustentou.
A propósito da data, a governante referiu que, na prática, “tem o objectivo de mobilizar os cidadãos para reconhecer fenómenos como a criação de Fundações; as doações, o próprio voluntariado, assinalando esses gestos tão importantes, reconhecendo em paralelo o seu enorme impacto social”, porque “cada um de nós tem um papel determinante para conseguirmos uma sociedade que se quer mais justa”.
“Isso norteou a política do Governo Regional até agora com o intuito de esbater assimetrias. E vai continuar a nortear”, assegurou Rita Andrade. Nesse contexto, acentuou que o papel da filantropia e, sobretudo, o seu impacto “é muito importante em qualquer sociedade, onde a Região não é excepção”.
No caso concreto da Madeira, a secretária regional lembrou que tem sido importante o crescimento do Terceiro Sector onde se contam IPSS e outras instituições com actividades complementares no terreno. Disse mesmo que “é através destas instituições que conseguimos chegar mais longe, dando respostas adequadas a situações de alguma vulnerabilidade, e fazer um trabalho mais abrangente junto dos idosos, das crianças e jovens – como é o caso da Fundação Cecília Zino – um trabalho mais abrangente junto das famílias, de pessoas portadoras de deficiência, entre tantas outras”.
Mais disse que uma das possíveis manifestações de filantropia é o voluntariado, constatando desta feita que “o número de voluntários que dedicam parte do seu tempo a diversas causas em diferentes instituições, tem aumentado”.
Antes de concluir o seu discurso, Rita Andrade agradeceu às Fundações da RAM, em particular à Fundação Cecília Zino, uma instituição de utilidade pública, pelo o papel que tem desempenhado na Região ao longo das últimas décadas, com especial enfoque no “importantíssimo papel que teve no tratamento do último surto de poliomielite detectado em Portugal em 1972, já que nesta data era a única unidade hospitalar especializada em pediatria”.