Madeira foi a única região a perder dormidas em Agosto
Este é o mês mais forte do ano e onde, além das dormidas, há perdas significativas em quase todos os segmentos
Em Agosto de 2019, o cenário para o turismo da Madeira continua negativo, já que foi a única região onde as dormidas baixaram, contrastando com aumentos das dormidas em todas as regiões de Portugal, Açores incluído.
A excepção foi a Madeira, com menos 4% nas dormidas (825,2 mil), o que significa que o acumulado do ano desde Janeiro representa já uma quebra de 3,4% para um total de quase 5,2 milhões de dormidas, enquanto "o Norte destacou-se com um crescimento de 6,8%, realçando-se também os acréscimos verificados no Alentejo (+5,8%) e Açores (+5,5%)".
Segundo as contas do INE, divulgadas esta manhã, "o Algarve concentrou 36,0% das dormidas, seguindo-se a Área metropolitana de Lisboa (quota de 21,2%)", enquanto a Madeira passou para quinta região, com 8,6% das dormidas. "Desde o início do ano, o realce vai para os acréscimos apresentados pelo Norte (+9,7%) e Alentejo (+8,7%)", acrescenta o INE.
"As dormidas de residentes apresentaram, em Agosto, aumentos em todas as regiões excepto na AM Lisboa (-0,4%)", e "os maiores aumentos verificaram-se na RA Açores (+9,5%) e Alentejo (+7,2%)", com a Madeira a crescer 4,7%, sendo dos poucos resultados positivos a retirar destas estatísticas. "No conjunto dos oito primeiros meses do ano, o realce vai para as mesmas regiões (+10,8% e +13,1%, respetivamente)" e a Madeira a crescer desde Janeiro 5,1%.
"Em Agosto, em termos de dormidas de não residentes, destacaram-se os crescimentos no Norte (+8,6%), RA Açores (+3,6%) e AM Lisboa (+3,5%). Desde o início do ano, o realce vai para as evoluções apresentadas pelo Norte (+11,5%) e AM Lisboa (+4,6%)". Nestes dois particulares, em Agosto a Madeira perdeu 5,6% das dormidas de não residentes e desde Janeiro a quebra é de 4,5%.
"O setor do alojamento turístico registou 3,3 milhões de hóspedes e 9,5 milhões de dormidas em agosto de 2019, correspondendo a variações2 de +6,6% e +2,6%, respetivamente (+5,6% e +2,6% em julho, pela mesma ordem). As dormidas de residentes cresceram 3,2% (+3,1% em julho) e as de não residentes aumentaram 2,3% (+2,4% no mês anterior)", diz ainda o INE. "Em agosto de 2019, a estada média (2,88 noites) reduziu-se 3,7% (-4,4% nos residentes e -3,2% nos não residentes). A taxa líquida de ocupação (68,3%) recuou 1,9 p.p. (-1,4 p.p. em julho). Os proveitos totais cresceram 6,4% (+5,6% em julho), atingindo 630,1 milhões de euros. Os proveitos de aposento (502,0 milhões de euros) aumentaram 6,5% (+5,0% no mês precedente). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 84,4 euros, o que se traduziu num aumento de 1,5% (+0,2% no mês anterior) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) também acelerou, correspondendo a 115,9 euros (+2,5%, +0,4% no mês anterior)".
Em todos estes indicadores a hotelaria madeirenses apresenta indicadores negativos tanto no mês em causa como no acumulado do ano 2019, que caminha a passos largos para ser mais um (tal como 2018) de perdas após o crescimento assinalável verificado até 2017.