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Atrasos nas obras do Museu Art Déco adiam abertura para Julho deste ano

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O novo museu que irá reunir em Lisboa a coleção privada de arte nova e arte déco de José Berardo deverá abrir em julho deste ano, após atrasos nas obras de remodelação, revelou hoje o empresário. Contactado pela agência Lusa, o colecionador indicou que o atraso na inauguração do museu, localizado em Alcântara, previsto para 2017, “deve-se às complexas obras de remodelação e adaptação do edifício que tinha uso residencial”.

José Berardo, que detém vários museus privados no país, exibe também parte da sua coleção de arte moderna e contemporânea no Museu Coleção Berardo, instalado desde 2007 no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, no âmbito de um acordo com o Estado.

Contactado pela Lusa sobre o novo museu, o empresário madeirense indicou que o projeto museológico “deverá abrir em julho”, na rua 1.º de Maio, na freguesia de Alcântara, embora ainda não haja uma data precisa de inauguração.

“Vai receber 100% da minha coleção de arte nova e arte déco”, disse, sobre o espaço, que deverá chamar-se Museu Berardo - Art Nouveau, Art Déco.

A coleção reúne mais de 300 obras do início do século XX, desde pinturas a mobiliário, esculturas, cerâmicas e cristais, objetos decorativos de artistas como Lalique, Leleu, Perzel, Brandt, Porteneuve e Ruhlmann.

O novo museu, segundo o colecionador, será totalmente independente do museu instalado no CCB, tal como os que já detém na Anadia, no Bombarral, bem como os dois projetos em curso para Estremoz.

Sobre o novo projeto museológico, José Berardo disse à Lusa que tem o mesmo objetivo dos outros: “Contribuir para a cultura do país”.

No Bombarral, o Buddha Eden Garden, cerca de 35 hectares, instalado na Quinta dos Loridos - onde se encontram centenas de figuras orientais como budas, pagodes, estátuas de terracota e outras esculturas - recebe anualmente cerca de 300 mil visitantes, de acordo com o colecionador.

Em 2010 abriu o Underground Museum em Sangalhos, Anadia, ligado à enologia, num espaço subterrâneo onde exibe coleções de arte africana, fósseis, cerâmica, minerais e azulejo antigos.

Em Estremoz, distrito de Évora, está prevista também para este ano a abertura de dois museus, um dedicado à coleção de arte africana do empresário e outro com painéis de azulejos, com exemplares do século XV até à atualidade.

Quanto ao Museu Coleção Berardo, em Lisboa, abriu com um acervo inicial de 862 obras da coleção de arte moderna e contemporânea do empresário, cedidas ao Estado, e avaliadas em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie’s, em 2006.