Madeira

TAP “não tem obrigação nenhuma para a Madeira”, “o problema é do Estado e do Governo”

Miguel Albuquerque reagia assim às declarações do presidente executivo da TAP

Albuquerque falava durante a visita às obras de reabilitação do Posto Florestal da Levada do Pico, na Camacha.
Albuquerque falava durante a visita às obras de reabilitação do Posto Florestal da Levada do Pico, na Camacha.

Sobre as recentes declarações do presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, na Assembleia da República (AR), o presidente do Governo Regional da Madeira afirmou hoje que a TAP “não tem obrigação nenhuma para a Madeira”, remetendo a responsabilidade para o Estado português.

“Ele [Antonoaldo Neves] dizer que não tem obrigação nenhuma (de serviço público) para a Madeira, a gente já sabe que ele não tem obrigação nenhuma para a Madeira pela forma como tem actuado, portanto estão a gozar com os madeirenses”, disse Albuquerque, sublinhado que “o problema é do Estado e do Governo, que tem de intervir e fazer valer o seu peso no capital social (da TAP)”.

“O Estado tem de intervir no sentido se assegurar preços acessíveis para a circulação dentro do território nacional. A não ser, como já se está a aventar, esta questão das regiões autónomas, designadamente da Madeira, seja uma forma encapotada de estarem a gozar com os madeirenses, mas pior que isso, seja uma forma encapotada do Estado e dos contribuintes estarem a injectar dinheiro na companhia área à custa dos bolsos dos contribuintes da Madeira”, clarificou o Governante.

Miguel Albuquerque sublinhou ainda que “A TAP neste momento não pode é ter uma política comercial no sentido de extorquir dinheiro aos madeirenses”, e classificou os preços praticados de “pornográficos”, “incomportáveis para as famílias” e que estão a “prejudicar o nosso turismo”.

“Este senhor teve o desplante de ir à AR, primeiro dizer a anedota do ano que os preços eram módicos e depois veio dizer que não tinha nenhuma obrigação e nem sequer estava na disposição de cumprir aquilo que são as orientações dos organismos de regulação nacional, designadamente a Anac no que diz respeito aos ventos” (...) “Tem uma vocação para dizer coisas que são descabidas”, comentou ainda o chefe do Governo Regional.

GR estima abrir 6 a 10 vagas para reforçar a Polícia Florestal no próximo ano

Durante a visita às obras de reabilitação do Posto Florestal da Levada do Pico, na Camacha, Miguel Albuqurque anunciou também que a GNR irá abrir concurso para a criação do corpo de sapadores com o recrutamento de 10 elementos.

Sobre o transporte dos universitários, nomeadamente na quadra natalícia, Albuquerque prometeu “apresentar na próxima semana uma solução”.