Madeira

“Dinheiro para os ‘600 Anos’ dava para pagar os manuais escolares”

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Em comunicado dirigido esta sexta-feira à imprensa, o Mais Porto Santo condenou a tentativa do executivo da Câmara Municipal do Porto Santo de entregar verbas para a Comissão Executiva dos 600 Anos do Descobrimento da Madeira e do Porto Santo, na ordem dos 25 mil euros, em detrimento de outras “prioridades”, como por exemplo apoiar as famílias na aquisição de manuais e material escolar.

“Entendemos que a proposta de apoio financeiro à Comissão Executiva dos 600 Anos, quando esta estrutura foi assegurada por dotação orçamental específica através de verbas atribuídas pelo Orçamento da Região, não faz sentido num momento em que os nossos alunos iniciam o ano lectivo sem qualquer tipo de apoio para a aquisição de manuais e material escolar. Os quase 25 mil euros que estavam em cima da mesa davam perfeitamente para que a Câmara Municipal do Porto Santo deixasse a ser a única na Região Autónoma da Madeira que não apoia as famílias para este fim”, defende José António Castro, que promete continuar a lutar por esta medida.

“Temos vindo a insistir neste princípio, interpelámos o presidente do município para que se apoie pelo menos o alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico mas não é esse o entendimento de quem está refém do Governo Regional”, lamenta o líder do Mais Porto Santo, que saúda a abertura do PS nesta matéria, ainda que com algumas reservas, pois os socialistas nada fizeram em relação à aquisição dos livros escolares quando estiveram no poder”, lembra.

O Mais Porto Santo também censura o Executivo camarário pela proposta aberrante de devolver apenas 1% do IRS às famílias, quando muitas continuam a passar por grandes e graves privações.

“Nem queríamos acreditar na proposta quando recebemos a ordem de trabalho da última reunião ordinária. É um ultraje esta ideia de reduzir para 1% a devolução do IRS às famílias. Estamos conscientes dos problemas financeiros com que se debate o município mas, garantimos, da nossa parte as contas do município nunca ficarão consolidadas com as verbas que são do povo. Nós vamos continuar a defender a devolução total do IRS (5%) à população”, assume José António Castro.