Rui Rio saiu em defesa da Madeira depois do encontro de ontem com o presidente do PSD/Madeira, destacando os bons resultados das contas públicas da Região, que registaram um superavit de 2% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), ao contrário do afirmado pelo primeiro-ministro António Costa na Assembleia da República. Miguel Albuquerque reuniu em Lisboa com o líder nacional do partido, tendo no final da reunião Rui Rio mostrado confiança na continuação dos social-democratas no poder na Madeira depois das eleições de 2019.

“Isto é um número só comparável com uma ou outra câmara que tenha mais receitas do que despesas”, disse Rui Rio. “À escala regional ou nacional, é algo que deve ser sublinhado”, disse à saída do encontro com Miguel Albuquerque. “ A dívida pública da Madeira é elevada, mas só se reduz justamente neste caminho”.

O líder nacional do partido reconhece que isto ainda não representa a inversão completa, mas recorda que a nível nacional os resultados não têm sido tão bons e que o deficit de 2017 só não foi superior precisamente porque a Madeira contribuiu de forma positiva para a sua diminuição.

Rui Rio acredita que António Costa confundiu o presente com o que aconteceu no passado. “Não é o primeiro ano com superavit e com redução fiscal”, recordou. “Ou estava mal informado ou então confundiu, digamos assim, a Madeira com os Açores”. De qualquer forma, Rui Rio recorda que o que importa não são as afirmações do Primeiro-ministro, mas a realidade.

Aproveitando o caso da Madeira, comparou com o todo nacional. “Aqui é o contrário. Aumentou-se a carga fiscal, não por via do IRC e IRS mas por via dos impostos indirectos, ainda assim as contas continuam com défice. A diferença é só essa, que é total”.

Sobre as eleições regionais em 2019, Rui Rio tem confiança que os madeirenses vão manter o seu voto no partido, se não houver razão para a mudança. É sempre um desafio de vencer, disse, mas está convencido de que na hora certa vão decidir a favor do PSD/M. “No momento de os madeirense ponderarem se querem mudar ou não, mudar para algo desconhecido, ou mudar para algo conhecido e que tem bons resultados, acho que na hora da verdade, estes argumentos vão pesar. As pessoas são equilibradas, são sensatas, não gostam de correr riscos. Só havendo um grande descontentamento porque os resultados são maus é que se justifica uma mudança. Como não é assim, eu estou confiante que na altura o que vai pesar são os resultados deste mandato, mas também um resultado acumulado que transformou a Madeira”.

Para Rui Rio, derrota é perder as eleições. Dia que os resultados já são positivos e vão começar a aparecer mais ainda, vão ser ainda mais evidentes.

O líder nacional do partido considerou ainda justas as reivindicações relativamente ao subsídio de mobilidade, em causa está a necessidade de as famílias terem de avançar com a verba para a viagem e só depois conseguirem o reembolso, o que cria um problema “social”, na opinião do líder. Discorda também do 1% a mais que a Região está a parar pelo empréstimo. Contraído junto do Governo da República.