Madeira

SESARAM quer articular triagem de AVC com Protecção Civil

None

O SESARAM quer agilizar o processo de triagem dos casos de acidentes vasculares cerebrais (AVC), criando uma articulação entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares. Para isso, a ideia é apresentar um protocolo ao serviço de Protecção Civil, de forma a que esta despistagem comece logo na linha de emergência: “O nosso 112 não tem sido fiável [para estes casos] como acontece no Continente. Queremos aproveitar a informatização [em curso no serviço de Protecção Civil] para melhorar o serviço”, sugeriu Rafael Freitas, coordenador do serviço de AVC do SESARAM durante uma sessão informativa, pensada para assinalar o Dia Nacional do AVC (que se comemora a 31 de Março).

A sessão informativa foi marcada para esta segunda-feira, e está a ter lugar no auditório do Centro de Segurança Social da Madeira, já que o Dia Nacional do AVC acontece, este ano, no fim-de-semana. A palestra divide-se em duas fases: uma primeira parte dirigida aos profissionais da área e, a partir das 13h00, uma segunda sessão dedicada aos utentes.

Rafael Freitas apresentou aos profissionais de saúde esta ideia de articulação entre os dois serviços, não só para perceber se é uma possibilidade, mas também convidando a que sugiram outros projectos que permitam uma actuação mais rápida dos serviços de saúde, “porque cada hora que deixamos passar” tem influência no estado de saúde do doente. A resposta entre as componentes extra e intra-hospitalar pode minimizar riscos de sequelas ou até mesmo o número de mortes por AVC: “Ter no 112 pessoas com algum conhecimento e informação [para identificar no imediato eventuais casos de AVC], fazer um documento único na Protecção Civil para ser activada a via verde extra-hospitalar. E depois a unidade de saúde já estar à espera com uma equipa médica [para receber o paciente]”.

“Atendendo ao que vamos ganhar, acho que vale bem a pena”, rematou Rafael Freitas, na sessão que também contou com a presidente do SESARAM, Tomásia Alves.

O AVC continua a ser a principal causa de morte em todo o país.