Filha de Paulo Martins deixa de ser militante do BE
Na sequência da entrevista da edição impressa de hoje do DIÁRIO em que Joana Mortágua defende uma ‘geringonça’ na Madeira e manifesta apoio à candidatura de Roberto Almada (contra a de Paulino Ascenção), Joana Martins, a filha do líder histórico da UDP e do Bloco de Esquerda, acusa a dirigente nacional de “tratar como idiotas os aderentes do BE-Madeira” e anuncia que “é por estas e por outras” que deixou de ser militante do partido fundado pelo pai. Segundo o DIÁRIO apurou, a desvinculação aconteceu há cerca de seis meses, ainda antes das eleições autárquicas, mas só hoje foi assumida publicamente pela própria.
Os desabafos de Joana Martins surgiram na sequência de um ‘post’ que o candidato à liderança bloquista Paulino Ascenção colocou na sua página no Facebook a questionar a ingerência da dirigente nacional na vida interna do partido: “Será que os militantes madeirenses do Bloco de Esquerda precisam que venham senhoras e senhores de Lisboa ensinar-lhes o que é melhor para o partido na Madeira?”. Aparentemente, Joana Martins também não apreciou a entrevista de Joana Mortágua e disparou: “É por estas e por outras que deixei de ser aderente... Detesto ser tratada como parva, e de falta de democracia. Afinal de contas, está tudo já decidido e nem sequer houve Convenção. Se isto não é tratar como idiotas os aderentes do BE Madeira, não sei o que será... E já aconteceu muitas vezes no passado”.
Joana Martins, tal como a mãe, Guida Vieira, participavam nas actividades promovidas pelo Bloco de Esquerda-Madeira. Nas últimas autárquicas estiveram ambas envolvidas na campanha pela reeleição de Paulo Cafôfo à Câmara do Funchal, numa coligação que integrava o BE.