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Lisboa garante “protecção consular” ao deputado que se refugiou na Embaixada em Caracas

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O Governo da República reconheceu, esta tarde, de forma implícita, que está a tratar do caso do deputado venezuelano mas de origem madeirense Manuel Teixeira, que se encontra “refugiado” há vários dias nas instalações da Embaixada de Portugal em Caracas.

Fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas prestou ao DIÁRIO uma declaração que indicia que está a ser assegurada alguma forma de apoio ao parlamentar lusodescendente: “A embaixada de Portugal em Caracas, tal como as demais representações diplomáticas e consulares portuguesas no Mundo, prestam apoio e protecção consular aos cidadãos portugueses, ao abrigo das normas definidas na Convenção de Viena, sempre que tal seja solicitado”.

Conforme foi noticiado ontem pelo DIÁRIO, Manuel Teixeira procurou refúgio na Embaixada por se sentir alvo de “perseguição” por parte de sectores do poder político daquele país e por temer pela sua integridade física. As prisões de representantes políticos são uma realidade naquele país e ainda há um mês um vereador, Fernando Albán, acusado de estar envolvido num ataque contra Nicolás Maduro, faleceu quando se encontrava sob custódia dos serviços secretos venezuelanos. O detido caiu do 10.º andar do edifício dos serviços secretos e as autoridades justificaram o caso como sendo suicídio.

Entretanto, também ontem, a Embaixada da Venezuela em Lisboa garantiu desconhecer o caso.

Manuel Teixeira foi eleito à Assembleia Nacional da Venezuela pelo Movimiento Progresista de Venezuela (MPV).