Há politização excessiva do Turismo
“Tudo no turismo vai estar sujeito à politização” e não vão ser os critérios técnicos a dominar discussões e a influenciar decisões.
O estrangulamento foi apontado pelo advogado, vice-presidente do CDS e ex-secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes no 44.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) que decorre, em Ponta Delgada, nos Açores, mobilizando mais de 600 participantes.
O ex-governante lamenta a politização excessiva do Turismo, por sinal visível no emaranhado legislativo relativo ao alojamento local. “Quem legislou sobre alojamento local não foi o governo, mas a Assembleia da República”, recordou, denunciando o desequilíbrio protagonizado por quem quer lavar a face e que no seu entender se aplicará na discussão e decisão sobre o novo aeroporto no Montijo, sobre os vistos ou políticas de promoção, bem como noutras matérias sensíveis e decisivas para o Turismo.
Adolfo Mesquita Nunes nota que neste ambiente surge “gente anti-turismo” que vê o sector como ameaça habitacional, social e cultural provocando efeitos nefastos no sector.
A falta de conhecimento e a influência do digital são outros dos problemas que se colocam ao sector no entender do ex-secretário de Estado do Turismo. Contudo, entende que o Portugal turístico não está em fim de ciclo.