Os trabalhadores da empresa de segurança Eulen decidiram hoje manter a convocação de uma greve indefinida de 24 horas, a partir de segunda-feira, nos serviços de controlo de segurança do aeroporto internacional de Barcelona.

A decisão foi tomada por votação numa assembleia realizada hoje e representa que os trabalhadores, que reivindicam aumentos salariais, rejeitaram uma proposta de mediação do governo regional da Catalunha (Generalitat).

De acordo com o representante do comité de greve, Juan Carlos Giménez, 187 trabalhadores da Eulen, dos cerca de 400 efetivos que compõem a empresa, participaram na votação: 150 votaram a favor da rejeição da proposta da Generalitat, 36 votaram contra e foi registado um voto nulo.

O governo regional da Catalunha afirmou que está disposto a aprovar uma decisão de arbitragem vinculativa para determinar as condições de trabalho daqueles trabalhadores.

No seguimento da ação de protesto dos trabalhadores da Eulen, o governo espanhol decidiu reforçar, na sexta-feira, a presença da Guardia Civil naquele aeroporto internacional para desempenhar funções de controlo de passageiros.

Os passageiros do aeroporto Barcelona-El Prat têm enfrentado longas filas desde 04 de agosto, data em que os trabalhadores da empresa iniciaram greves parciais para exigir melhores condições de trabalho.

Os cerca de 400 trabalhadores da multinacional Eulen no aeroporto de Barcelona rejeitaram na quinta-feira um aumento de salário de 18%.

O governo regional catalão decretou entretanto serviços mínimos para a greve de tempo indeterminado para “garantir o funcionamento dos serviços essenciais”.

O tráfego de passageiros aumentou mais de 60% entre 2009 e 2016 no aeroporto Barcelona-El Prat, o segundo de Espanha a seguir ao da capital Madrid.