Turismo

Candidato à presidência da APAVT diz que é "preciso devolver" a associação a todos

O profissional do setor turístico Miguel Quintas, que hoje apresentou a sua candidatura à presidência da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), defendeu que é “preciso devolver” a associação a todos os agentes de viagens.

“É imperativo uma mudança. É imperativo fazer reviver a APAVT com novas ideias, com ações mais afirmativas, com um trabalho mais eficaz e com uma nova dinâmica, mais eficiente, colocando o setor das agências de viagens num patamar de importância que ele realmente tem”, disse Miguel Quintas numa conferência de imprensa em Lisboa.

O candidato à presidência da APAVT para o triénio 2018-2020 referiu que “é preciso devolver a associação a todos os agentes de viagens”, pois, frisou, “a APAVAT é de todos”.

Miguel Quintas passou assim a ser o segundo candidato às eleições para a APAVT que se realizarão em dezembro deste ano, além do atual presidente Pedro Costa Ferreira.

Na conferência de imprensa, Miguel Quintas alertou para o facto de se aproximarem “momentos de grande dificuldade” para o sector. Daí que advogue que para responder a esses desafios é preciso uma “direção forte, ágil, descomprometida com o passado e isenta”.

Nesse sentido, entende que “é preciso devolver a associação a quem de direito”, ou seja, a todos os agentes de viagens”, disse o candidato, apontando também como prioridade o aumento da rentabilidade das agências de viagens.

Miguel Quintas defende “uma colaboração mais estreita com o poder político” para atingir a meta de redução do IVA”, acusando a atual direção da APAVT de ser “incapaz de se impor ao ataque constante” às agências de viagem por parte da aviação.

Segundo o candidato, ao passar de mensal para semanal a compensação entre as agências de viagem e as companhias aéreas pela venda de bilhetes representou uma perda da capacidade financeira para as agências de quase 40 milhões de euros.

Critica ainda a “incapacidade” de a atual direção da APAVT para ratificar a redução das comissões.

Segundo Miguel Quintas, “nestes últimos anos, temos sentido que a APAVT pertence aos grandes ‘players’ deste sector e não a quem realmente faz da APAVT grande: as pequenas e médias empresas”, advertindo para o facto de representarem mais de 90% do tecido associativo da APAVT.

O candidato criticou ainda a “falta de posição pública” da direção da APAVT sobre o NDC (New Distribution Capability), um novo padrão de distribuição de assentos em linhas aéreas, considerando que pode representar “uma quebra extraordinária” da segunda maior receita das agências de viagem e consequente perda de rentabilidade.

Além disso, questionou o facto de a atual direção da APAVT não “ter tido capacidade” para distinguir entre os grandes e as pequenas e médias empresas (PME).

O programa e a lista que acompanham a candidatura de Miguel Quintas à direção da APAVT serão apresentados até setembro.