EuroAtlantic Airways reduz para uma ligações semanais à Guiné-Bissau
A companhia aérea portuguesa euroAtlantic Airways anunciou ontem, em comunicado, que a partir de 2 de Agosto vai realizar apenas um voo semanal para a capital da Guiné-Bissau devido ao "excedente de oferta de mercado".
A companhia aérea realiza atualmente dois voos semanais para Bissau, um à quarta-feira e outro à sexta-feira.
"A euroAtlantic Airways anuncia a suspensão a partir de 02 de agosto de 2017 da atual ligação a Bissau de quarta-feira, face a um excedente de oferta no mercado, mantendo a normal ligação às sextas-feiras no horário habitual", refere a empresa.
No comunicado, a euroAtlantic Airways refere também que vai "continuar a aguardar da parte do Governo e da autoridade aérea da Guiné-Bissau, a conclusão do processo de Certificação do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, exigido pelas autoridades da União Europeia para transporte de carga aérea, de países terceiros para a Europa".
"A euroAtlantic Airways refira-se, desde que opera em Bissau e até à atual data, nunca pode disponibilizar no mercado guineense a capacidade de transporte de cargas das suas aeronaves, tendo transmitido aos seus parceiros guineenses, toda a informação necessária à conclusão do dossiê", acrescenta no comunicado.
Focada na operação de voos para outras companhias e 'charters', a euroAtlantic Airways opera voos regulares entre Lisboa e Bissau e é acionista de referência da STP Airways, que assegura ligações regulares entre Lisboa e São Tomé.
Guiné-Bissau critica "deselegância"
A Agência da Aviação Civil (AAC) da Guiné-Bissau afirmou ter registado com "desagrado" a "deselegância" de ter tomado conhecimento da decisão da euroAtlantic Airways de suspender um voo semanal para Bissau através da imprensa.
"A ser verdade, a Agência da Aviação Civil da Guiné-Bissau regista com desagrado a deselegância de ter tomado conhecido desta decisão através da imprensa e disso dará conhecimento à administração da companhia", refere, em comunicado, enviado à agência Lusa a Agência da Aviação Civil guineense.
No comunicado, a AAC esclarece que o "impacto no mercado não será relevante na medida em que os passageiros do voo serão absorvidos pelas ofertas das demais companhias concorrentes na mesma rota, que felizmente continuarão a contar com 10 voos semanais".
No comunicado, a AAC esclarece também que em relação a um eventual condicionamento das operações da companhia devido à certificação do aeroporto internacional Osvaldo Vieira "não colhe".
É que, segundo a AAC, a "própria euroAtlanticAirways está a operar na rota sem nenhum constrangimento até à data", reforçando que as "operações de carga são menos exigentes e impõem menos requisitos de certificação que as operações de passageiros".