Turismo

Província angolana de Benguela ganha complexo turístico

Um grupo privado angolano pretende investir 2.636 milhões de dólares (2.300 mil milhões de euros) na implementação de um empreendimento turístico de luxo na Baía dos Elefantes, na província de Benguela, prevendo criar quase 4.000 empregos.

Em causa está o denominado complexo "Elefantes Bay", a instalar no município da Baía Farta pelo grupo privado angolano Lucitur - Gestão de Empreendimentos e Turismo, que afirma já ter investido 30 milhões de dólares (26,2 milhões de euros) neste projeto turístico, nomeadamente na aquisição de um terreno com 1.000 hectares de área e com uma linha de mar de cerca de 3,5 quilómetros.

A informação consta do contrato de investimento com o Estado, através da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), de 05 de julho e ao qual a Lusa teve hoje acesso, envolvendo a constituição de um 'cluster' turístico naquela conhecida zona do centro de Angola, incluindo um campo de golfe e uma marina.

"Tem como componente fundamental o aproveitamento do arco da orla costeira da Baía dos Elefantes e o conceito de turismo sustentável, respeitando o ambiente em que se insere e contribuindo como elemento dinâmico para os aspetos sociais, culturais e económicos", lê-se nas propostas dos investidores.

O objetivo do "Elefantes Bay", acrescentam, é promover o turismo nacional "com os mais elevados padrões internacionais, através de uma oferta hoteleira, residencial, cultural, desportiva, comercial e de serviços, nomeadamente turísticos, administrativos, de saúde e educação".

A primeira fase do investimento em curso, alvo do contrato com o Estado angolano, ascende a 100 milhões de dólares (87,5 milhões de euros) e prevê a criação de 250 postos de trabalho, 90% dos quais para cidadãos nacionais, a elevar posteriormente, com o desenvolvimento do projeto total, a 3.825 empregos diretos.

Como contrapartida desta primeira fase do investimento contratada com a UTIP, o projeto vai receber benefícios fiscais, nomeadamente uma redução de 62,5% no pagamento de impostos Industrial, sobre Aplicação de Capitais e de Sisa, durante oito anos.