Ryanair espera abrandar o seu crescimento no Reino Unido devido a 'Brexit'
A companhia aérea 'low cost' Ryanair anunciou hoje que espera um abrandamento do seu crescimento no Reino Unido devido à incerteza causada pelo 'Brexit', decisão britânica de sair da União Europeia (UE).
O líder da empresa irlandesa, Michael O'Leary, afirmou em conferência de imprensa que o crescimento no Reino Unido deverá ser de 6% no exercício financeiro que começa em abril de 2017, quando no ano em curso será de 15%.
"A Ryanair não vai mobilizar mais aviões para a Grã-Bretanha enquanto não houver mais certezas sobre o 'Brexit'", afirmou O'Leary, que fez campanha a favor da permanência do Reino Unido na UE.
O'Leary defendeu também que a primeira-ministra britânica, Theresa May, deve anunciar rapidamente uma decisão sobre o alargamento de um dos dois principais aeroportos de Londres, que é esperada há anos.
Uma comissão criada pelo anterior governo, liderado por David Cameron, considerou em julho de 2015 que a construção de uma terceira pista em Heathrow seria a melhor solução, mas ainda não foi tomada qualquer decisão formal e Gatwick continua a querer construir uma segunda pista.
O líder da Ryanair pediu mesmo que sejam construídas três novas pistas, em Heathrow, Gatwick e em Stansted, o aeroporto onde está implantada a sua companhia.
O'Leary afirmou que durante o verão os turistas procuram menos a Grécia e a Turquia, com britânicos e alemães a viajarem mais para Portugal e Espanha.
O crescimento mais forte da Ryanair no próximo ano é esperado na Alemanha e na Polónia.