De acordo com o AHP Tourism Monitor, os primeiros três meses do ano foram positivos para a hotelaria nacional com a taxa de ocupação, preço médio, RevPAR e receita média a registaram subidas bastante significativas.

De janeiro a março de 2016, a taxa de ocupação quarto foi de 50,7%, mais 3,93 p.p. que no período homólogo. O preço médio por quarto ocupado foi de 63,9 euros, no acumulado dos primeiros três meses do ano, mais 7% face a 2015. O RevPAR foi de 32,4 euros no período em análise, o que representa um aumento de 16,2% em comparação com 2015. A receita média por turista no hotel atingiu o montante de 96 euros, mais 4,4% do que no mesmo período do ano anterior.

O único indicador que registou descida foi a estada média, tendo-se verificado um decréscimo de 1,6% face ao ano anterior, o que corresponde a uma estada média inferior a 2 dias.

Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, adianta: “Neste primeiro trimestre, a hotelaria alcançou indicadores muito positivos, especialmente no mês de março, que registou os maiores crescimentos do período, com uma taxa de ocupação nacional de 62,56%, o que representa um aumento de 15% face a 2015. Este resultado foi também impulsionado pela Páscoa, que este ano se celebrou de 24 a 27 de março. Em março, destaque para os Açores e o Algarve, que registaram subidas no RevPAR superiores a 50%, tanto em razão do preço médio como da taxa de ocupação. As 5 estrelas no Algarve tiveram o maior crescimento nacional no RevPAR (superior a 70%) em Março”.

Dormidas de estrangeiros representaram 65%

No primeiro trimestre do ano, as dormidas de estrangeiros representaram 65% do total e as dormidas nacionais 35%. Em termos de hóspedes, 49% foram nacionais e  51% foram estrangeiros.

A principal motivação das dormidas foi “lazer, recreio e férias” com 70%. As dormidas de “negócios/profissionais” representaram 19% e outros motivos 11%.

Relativamente ao número de dormidas internacionais a liderança coube ao Reino Unido (12%), seguido da Alemanha (11%), Espanha (7%) e França (5%).

As agências/tour operadores foram o principal canal de distribuição de dormidas nos hotéis nacionais com um peso de 30% seguido do direto com 24%.

SÍNTESE INDICADORES DE MARÇO DE 2016

Nota: todos os valores indicados referem-se a variações relativas entre os períodos homólogos (março 2015 e março 2016), de acordo com as definições dos destinos turísticos constantes no Hotel Monitor.

Os resultados apresentados referem-se a valores constantes no Hotel Monitor à data de 11 de maio de 2016.

A Taxa de Ocupação da Hotelaria nacional situou-se em março nos 62,6%, o que representa um aumento de 8,15 p.p. face ao período homólogo do ano anterior. Registaram-se subidas em todas as categorias e o destaque é para as duas estrelas, onde a variação foi de mais 11,46 p.p. do que em março de 2015.

O preço médio por quarto ocupado subiu 10,5% (fixou-se em 66,8 euros) e o RevPAR – preço médio por quarto disponível - aumentou 27% (fixou-se em 41,8 euros). Em relação a este indicador o destaque são as cinco estrelas onde a variação foi de mais 9,4% face ao mesmo período de 2015.

Os destinos turísticos com a taxa de ocupação quarto mais elevada foram Madeira (81,3%), Lisboa (72,6%) e Grande Porto (61,7%).

O preço médio por quarto ocupado subiu 10,5% (fixou-se em 66,8 euros) e o RevPAR – preço médio por quarto disponível - aumentou 27% (fixou-se em 41,8 euros).

A receita média por turista no hotel foi de 97 euros (mais 3,2% do que em março de 2015) e a estada média de 1,84 dias, inferior em 3,2% em comparação com o período homólogo.

Os destinos turísticos com o RevPAR mais elevado foram Lisboa (60,5 euros), Madeira (56,9 euros) e Grande Porto (40,6 euros).

DESTINOS TURÍSTICOS

MINHO

A taxa de ocupação quarto foi de 46,7%, o que significa uma subida de 9,12 p.p. em comparação com março de 2015. O preço médio por quarto ocupado foi de 49 euros, mais 3,9% em comparação com março de 2015.

GRANDE PORTO

Durante o mês de março de 2016, os indicadores no destino Grande Porto apresentam, face ao período homólogo do ano anterior, variações positivas de 28,7% no RevPAR (40,6 euros em março) e 17,8% no preço médio (65,9 euros). A taxa de ocupação quarto foi de 61,7%, mais 5,24 p.p. do que em março de 2015.

BEIRAS

Durante o mês de março de 2016, os indicadores deste destino apresentam, face ao período homólogo anterior, variações positivas de 6,26 p.p. na taxa de ocupação quarto (51,8%), e 27,7% no RevPAR (28,9 euros). O preço médio por quarto ocupado foi de 55,9 euros, mais 12,3% do que em março de 2015.

COIMBRA

As unidades hoteleiras de Coimbra, em março de 2016, apresentaram uma taxa de ocupação quarto de 49,4% (mais 7,13 p.p.) e um RevPAR de 25,6 euros (mais 34,8%) do que em março de 2015. O preço médio por quarto ocupado foi de 51,9 euros, superior em 15,3%, em comparação com março de 2015.

VISEU

A taxa de ocupação quarto foi de 34,7%, o que significa uma subida de 7,52 p.p. em comparação com março de 2015. No mesmo período o preço médio por quarto ocupado subiu 13,3%, fixando-se nos 50,4 euros. O RevPAR foi de 17,5 euros, mais 44,7% do que em março de 2015.

OESTE

A taxa de ocupação quarto foi de 50,5%, o que representa uma subida de 9,04 p.p. em comparação com março de 2015. No mesmo período, o preço médio por quarto ocupado desceu 0,6%, fixando-se nos 53,5 euros.

LEIRIA/FÁTIMA/TEMPLÁRIOS

O preço médio por quarto ocupado, em março de 2016, foi de 41,3 euros, mais 0,9% do que em março de 2015. A taxa de ocupação quarto foi de 37,7%, mais 3,42 p.p. do que em março de 2015.

ESTORIL/SINTRA

Durante o mês de março de 2016, a hotelaria do destino Estoril/Sintra apresentou, face ao período homólogo do ano anterior, variações positivas de 1,4% no preço médio por quarto ocupado (que foi de 62 euros) e de 13,7% no RevPAR (montante de 37,7 euros). A taxa de ocupação quarto foi de 60,7%, mais 6,58 p.p. do que em março de 2015.

LISBOA

No mês de março, o destino turístico Lisboa verificou uma taxa de ocupação quarto de 72,6%, que significa uma subida de 4,53 p.p. face ao mesmo mês de 2015.Em termos de RevPAR, e na globalidade das categorias, o valor de março de 2016 cifrou-se em 60,5 euros, valor superior em 17,5% face ao período homólogo. Verificou-se ainda um aumento de 10,1% no preço médio por quarto ocupado, indicador que se fixou nos 83,3 euros.

COSTA AZUL

As unidades hoteleiras da Costa Azul no mês de março apresentaram um RevPAR de 22 euros e uma taxa de ocupação quarto de 55,2% (mais 23,5% e 12,95 p.p. do que em março de 2015 respetivamente). O preço médio por quarto ocupado foi de 39,7 euros menos 5,4% do que em março de 2015.

ALENTEJO

Os hotéis do Alentejo apresentaram no mês de março de 2016 uma taxa de ocupação quarto de 48,7% (mais 0,06 p.p. do que em março de 2015) e um RevPAR de 28 euros (mais 18,3% do que em março de 2015). O preço médio por quarto ocupado foi neste mês de 57,6 euros, mais 18,2% do que no período homólogo anterior.

ALGARVE

Neste destino, no mês de março 2016, a taxa de ocupação quarto foi de 56%, mais 14,87 p.p. que no mês homólogo de 2015. A taxa de ocupação quarto, quando comparado por zonas, foi superior no Algarve Sotavento (61,9%) do que no Algarve Centro (53%) e Algarve Barlavento (58,7%). O preço médio por quarto ocupado foi de 55,6 euros, mais 18,7% do que no período homólogo. Em termos de RevPAR, e na globalidade das categorias obteve-se um valor de 31 euros evidenciando um crescimento de 61,6% face a 2015.

MADEIRA

Em março de 2016 a Hotelaria da Madeira apresentou uma taxa de ocupação quarto de 81,3%, mais 4,58 p.p. em comparação com o mês homólogo de 2015. O preço médio por quarto ocupado foi de 70 euros e o RevPAR de 56,9 euros, mais 15% e 21,9%, respetivamente.

AÇORES

A Hotelaria dos Açores registou, em março de 2016, uma taxa de ocupação quarto de 58,9%, mais 22,38 p.p. do que no período homólogo anterior. Os preços médios por quarto ocupado e disponível foram de 48,6 euros e 28,6 euros, mais 4,7% e 68,9% do que em março de 2015, respetivamente.