Douro quer ser pioneiro na realidade virtual
O Douro quer tornar-se na primeira região do mundo com um levantamento exaustivo em realidade virtual, possibilitando a visita, através de um computador ou um smartphone, a 115 locais emblemáticos do Património Mundial.
Esta aposta tecnológica está a ser feita através do projeto "O Douro à Volta do Mundo -- Magellan World" e é promovida pela Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR), com sede em Vila Real, e que vai ser apresentado esta semana, no Brasil.
"Este projeto garante que o Douro é pioneiro a nível mundial nesta tecnologia. Nenhuma outra região tem um levantamento tão exaustivo em realidade virtual e tão coordenado e em qualidade. O Douro é pioneiro", afirmou à agência Lusa, Samuel Tapada, que integra o "Magellan World".
O responsável salientou o "cunho inovador e pioneiro" desta ação que visa criar, desenvolver e disponibilizar conteúdos de realidade virtual e permitir viajar pelo Douro, através de um computador ou um smartphone.
Já foi feito o levantamento de 115 locais espalhados pelo património mundial, desde centros históricos, miradouros, passeios em barco rabelo ou o Museu do Douro, que vai ser possível visitar com recurso a uns óculos de realidade virtual sincronizados com plataformas 'online', como o YouTube ou o Google.
Este sistema, frisou, "antecipa na região a próxima tendência tecnológica que influenciará o mundo digital nos próximos anos".
Esta tecnologia estará concluída em 2017, mas neste momento já está disponível uma ferramenta em "baixa resolução", que permite descarregar para um telemóvel os conteúdos e visualiza-los através de óculos de realidade virtual.
Samuel Tapada referiu que o objetivo é dar a máxima qualidade às viagens virtuais, pelo que se vai trabalhar em "alta resolução". As viagens serão acompanhadas de conteúdos.
Ou seja, por exemplo, numa viagem pelo Douro a bordo de um barco rabelo, o visitante terá informações sobre os locais que está a ver, como as quintas ou os miradouros.
Esta incursão pela realidade virtual pretende ser um convite a uma ida ao território, que foi classificado pela Unesco em 2001.
No entanto, Samuel Tapada destacou também a vertente social e educacional do projeto, já que permite que pessoas com mobilidade reduzida possam visitar também a região ou a alunos fazerem excursões ao território, mesmo sem saírem da escola.
"Não há nada como estar lá, no Douro. Mas consegue-se uma boa experiência e uma experiência muito aproximada da realidade", frisou.
O responsável explicou que esta aposta na realidade virtual se cruza com o navegador Fernão Magalhães precisamente no "aspeto do pioneirismo".
"Vamos ser pioneiros, liderar esta tecnologia em território de Magalhães. É uma fusão entre o princípio pioneiro de Magalhães e o princípio pioneiro da tecnologia em território de Magalhães", salientou.
O concelho duriense de Sabrosa, no distrito de Vila Real, é uma das localidades que reivindica ser a terra natal do navegador que protagonizou a primeira viagem de circum-navegação.
No âmbito do projeto "Magellan World", a AETUR está esta semana em São Paulo, Brasil, a realização várias ações de promoção de vinhos, turismo e cultura que visam atrair mais visitantes e mais investimento à região.