“Desafios” é com Kátia Carvalho e também o tema forte do segundo painel da IX CAT. Um espaço de confronto de ideias que a directora regional de Turismo vai moderar e que conta com os contributos de três oradores. O director Marketing Aviação da ANA – Aeroportos de Portugal, Francisco Vieira Pita, concentra atenções “ao nível do transporte aéreo”. O administrador Thema Hotéis, Miguel Júdice , fixa o olhar no “novo” alojamento. O especialista em criação e gestão de marcas, Carlos Coelho, faz jus à especialidade e aborda “as marcas do Turismo para além do digital.

O painel tem início marcado para as 12h e vai durar até às 13h30. Fecha a primeira parte da conferência organizada pela Delegação Regional da Madeira da Ordem dos economistas, evento que se realiza esta sexta-feira no Centro de Congresso da Madeira e que se compromete a partilhar as tendências do Turismo.

Ao DIÁRIO, Kátia Carvalho antecipa as linhas que podem surgir na conversa e marcar o painel.

Os desafios que se colocam ao Turismo regional são muitos, mas a quais importa dar respostas imediatas? Claramente a promoção do destino é um desafio imediato. Importa reforçar as verbas para promoção, de forma a termos capacidade para investir num plano de actividades mais ambicioso, abrangente e estratégico, que perdure ao longo do ano e que dê maior visibilidade ao destino. Uma medida que decorre de um compromisso político já assumido. Por outro lado, importa olhar para os eventos da Madeira, repensá-los e internacionalizá-los. Acresce a necessidade de avançar com uma requalificação urgente da oferta turística, em particular do parque hoteleiro e uma fiscalização eficaz da oferta em termos de animação turística.

O “novo” alojamento a muito obriga ou é apenas um conceito a aplicar na necessária renovação de muitos hotéis? O “novo” alojamento é uma tendência que tem de ser olhada com muita atenção. É fundamental que a Madeira acompanhe as tendências e acompanhe o normal crescimento e evolução do sector. A Madeira será sempre uma conjugação harmoniosa entre o clássico e o moderno, respondendo, assim, à dicotomia existente entre o público sénior e jovem. Cabe a cada hotel definir o conceito a aplicar, mas as tendências falam cada vez mais alto, pelo que será natural que a renovação do parque hoteleiro atenda ao “novo” conceito de alojamento.

Como pode a Região ser também destino onde conceituadas marcas internacionais operam quer na hotelaria como noutros serviços? A Madeira tem claramente de ganhar visibilidade, de forma a aumentar a procura. A Madeira tem de se posicionar, cada vez mais, como um destino de excelência, fazendo valer-se das suas qualidades intrínsecas e atraindo um público de uma classe social mais alta. É um processo a médio/longo prazo, mas acreditamos que só uma crescente visibilidade e notoriedade do destino, e consequentemente um aumento considerável da procura, que se reflicta num aumento do preço médio e do RevPar, poderão tornar a Região apetecível a marcas internacionais.

Kátia Carvalho é formada em Comunicação Social na Universidade Católica, iniciou o seu percurso profissional numa Agência de Relações Públicas, tendo apostado dois anos depois na área da publicidade, onde permaneceu durante cinco anos, passando pela Bates Portugal e pela BBDO Portugal. Já em 2003 muda-se para a Madeira e cerca de dois anos mais tarde integra a Direcção de Marketing da Associação de Promoção da Madeira, assumindo a Direcção Executiva da mesma empresa em 2008, tendo permanecido na promoção do destino Madeira durante 10 anos. Recentemente foi nomeada Directora Regional de Turismo.