Turismo

Greve dos pilotos da TAP pode afectar 3.000 voos e 300 mil passageiros

Cerca de 3.000 voos e 300 mil passageiros poderão ser afetados pela greve de dez dias dos pilotos da TAP, que se inicia na sexta-feira, para defender os direitos da classe, caso a adesão ao protesto seja elevada.

Caso a greve não seja desconvocada, nos dez dias de greve, seriam transportados na TAP e na Portugália cerca de 300 mil passageiros, num total de 3.000 voos, adiantou à Lusa fonte oficial do grupo, sendo cerca de 10% da operação abrangida pelos serviços mínimos, que prevê a realização de voos para Açores, Madeira, Brasil, Angola, Moçambique e sete cidades europeias

No total, os serviços mínimos representam cerca de 15 ligações de ida e volta por dia (30 voos por dia), num total da 300 nos dez dias de paralisação, mas a expectativa da TAP é de ter convencido os pilotos das razões da empresa e conseguir realizar um número superior.

Nesse sentido foram as palestras da administração da TAP com os pilotos: "Temos a certeza de que teremos muitos pilotos que, sensibilizados pelo momento, irão pensar sem dúvida nenhuma no cliente, no passageiro, na empresa e irão voar", disse Fernando Pinto.

Mas o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) -- que convocou a greve -- acredita que a adesão será superior a 90%.

Segundo a TAP, pelo caminho perderam-se cerca de 50 mil reservas, passageiros que pretendiam viajar com a transportadora aérea nacional, mas que acabaram por não avançar com a reserva, devido ao agendamento do protesto.

Segundo fonte oficial da TAP, os passageiros com viagem nos voos incluídos nos serviços mínimos, cuja lista está publicada na página da TAP, devem reconfirmar a reserva junto da TAP ou da agência de viagens.

Já os passageiros com reserva para voos que não se vão realizar podem pedir alteração de data para fora do período da greve ou pedir a emissão de um 'voucher' com o valor pago, que pode ser utilizado no período de um ano.

Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 01 e 10 de maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.